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A convenção democrata e as eleições de novembro

Fuentes: Rebelión

John Kerry tem a chance de decolar. Bush enfrenta dificuldades tanto em sua campanha, como no governo. Não significa que esteja morto, mas está grogue e sem muitas condições de se equilibrar. A impressão que Kerry transmitiu, há cerca de um mês, que havia superado os limites do desconhecimento por parte de grande parte dos […]

John Kerry tem a chance de decolar. Bush enfrenta dificuldades tanto em sua campanha, como no governo. Não significa que esteja morto, mas está grogue e sem muitas condições de se equilibrar. A impressão que Kerry transmitiu, há cerca de um mês, que havia superado os limites do desconhecimento por parte de grande parte dos eleitores em seu país e a sensação de timidez, voltam a preocupar algumas lideranças de seu partido. As pesquisas revelam que George Bush não é a opção da maioria dos norte-americanos, mas Kerry precisa se mostrar uma alternativa confiável aos negócios.

É simples entender isso. Americano acredita piamente que num futuro próximo os EUA vão ser alvo de ataques de alienígenas na tentativa de conquistar a terra e o Independence Day vai sair da ficção no cinema para a realidade. Já saiu uma vez com Orson Welles. Que dirá então do medo incrustado em cada casa, que bin Laden vai explodir qualquer coisa a qualquer momento e matar milhares de pessoas.

Não passa pela cabeça do cidadão padrão que norte- americanos matam milhares de pessoas histórica e constantemente, pois acham também que libertam ao mundo do jugo dos povos e governos atrasados e opressores.

De qualquer forma vai ser preciso esperar a convenção republicana e ver o que o presidente/terrorista vai arrumar. Bush é sempre uma incógnita. De repente Condolezza Rice saca instintos do coldre e dispara balas mortais no democrata. Nunca se sabe.

Kerry vai depender de Clinton. E isso é perigoso. Os republicanos vão dizer que o presidente vai ser ele e não o outro. Mas vai depender do ex-presidente.

O filme de Michael Moore, «Farenheit 11 de Setembro» ultrapassou os 100 milhões de dólares em faturamento. É marca respeitável.

Só faz realçar o dilema do eleitor nos Estados Unidos. Ou um presidente sem cérebro, Bush, ou uma incógnita, Kerry. O medo é um só: terroristas e alienígenas.

A possível vitória do presidente Hugo Chávez, na Venezuela (só não acontecerá se houver fraude) é um dado que enfraquece Bush.

O governo provisório do Iraque está anunciando que pode fechar o escritório da Al Jazeera em Bagdá. Não concorda com o noticiário veiculado pela rede sobre a ocupação do país.

É sinal que Bush vai apertar os torniquetes e tentar evitar que o resto do mundo tome conhecimento de atrocidades diárias praticadas por soldados ianques e policiais do governo fantoche. E, por resto do mundo, se entenda, principalmente, norte-americanos.

Assusta aos republicanos a possibilidade que o eleitor possa chegar ao seu escritório, em casa, acessar a Internet e descobrir que o noticiário do canal Fox é pura invenção, ou ficção jornalística, voltada para o exercício do terrorismo da informação. A mentira pura e simples com objetivos que não só os de reeleger Bush, mas também de vender o império como salvação da democracia, das liberdades e dos direitos humanos.

Sobre Guantánamo…

São 51 anos da tomada do quartel de Moncada por guerrilheiros cubanos liderados por Fidel Castro e Che Guevara. Transformaram um bordel de fim de semana das máfias e banqueiros (mesma coisa) norte-americanos, sob a batuta de um ditador corrupto, Batista, em símbolo da resistência e modelo socialista a despeito de todas as dificuldades geradas pelo bloqueio econômico.

É outro alvo de Bush e não deixa de ser de John Kerry.

O sentido da luta é esse. Acreditar que uma eventual vitória de Kerry signifique um triunfo de posições sensatas ou de respeito ao que quer que seja que não os interesses dos EUA, é acreditar em duendes. Está aí Jimmy Carter patrocinando uma tentativa de golpe contra um governo legítimo, o de Chávez. Só mudam as presas. Sai a besta humana, George e entra o mocinho Kerry. Mais ou menos como sair Condolezza Rice e entrar Mônica Lewinsky.

Sem falar que Mônica significa um livro de memórias no futuro que, por sua vez, significa milhões de dólares, por um exercício de perdão pelos meus erros.