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Bancos, custo de vida, salários, o brasil de Lula

Fuentes: Rebelión

O BRADESCO (Banco Brasileiro de Descontos), maior banco privado do País, divulgou os resultados do semestre: lucro de 1,25 bilhão e crescimento de 21% em relação a igual período do ano passado. O lucro do trimestre, o segundo do ano, é 5,3% maior que o do primeiro trimestre. O custo de vida, em São Paulo, […]

O BRADESCO (Banco Brasileiro de Descontos), maior banco privado do País, divulgou os resultados do semestre: lucro de 1,25 bilhão e crescimento de 21% em relação a igual período do ano passado. O lucro do trimestre, o segundo do ano, é 5,3% maior que o do primeiro trimestre.

O custo de vida, em São Paulo, maior cidade brasileira, subiu, em julho, 1,21%, a maior alta desde janeiro e os salários ficaram mais baixos, a despeito de queda nos índices de desemprego. Habitação, saúde e transportes foram os itens que mais subiram e pressionaram o índice para cima.

A FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a maior organização do setor patronal no Brasil, tornou público um estudo em que mostra o custo das eleições municipais deste ano: serão as mais caras da história e também as mais disputadas.

Por conta da convenção do Partido Republicano nos Estados Unidos e da necessidade de recuperação do presidente terrorista George Bush, o alarme laranja sobre atentados terroristas, falso e visando criar medo, sentimento indispensável ao projeto de reeleição de Bush, levou o barril de petróleo ao preço recorde de 44 dólares. O que significa, além do fato político, lucro para a companhia da família do líder terrorista norte-americano.

O que isso tem a ver com o Brasil?

Se Bush espirra e despeja bactérias de terrorismo e corrupção para todos os lados, o Brasil e boa parte dos países do mundo gripa e cai de cama com febre.

O presidente do Banco Central do Brasil, o norte-americano Henrique Meireles, vai ter que explicar essa semana (semana passada explicou diferenças entre declaração de imposto de renda e patrimônio declarado), como fez para esquentar um imóvel que não constava da relação apresentada à Receita. Meireles, pessoa física, vendeu para Meireles, pessoa jurídica, uma chácara. A sede da pessoa jurídica é nos Estados Unidos.

O comando nacional do Partido dos Trabalhadores divulgou um documento a todos os seus diretórios determinando que os candidatos nas próximas eleições defendam a política econômica do governo Lula, as reformas realizadas, as reformas pretendidas e busquem resgatar os valores históricos do PT.

Deve ser brincadeira, ou uma explicação para a frase de José Genoíno, presidente nacional do dito cujo: «uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa».

Ou uma coisa, defender o governo, ou outra coisa, os valores históricos do partido. Foram enterrados, dentre outros, por Lula, Palocci, Gushiken e Genoíno.

O presidente do Clube Militar do Brasil, general de exército Luís Gonzaga Schroeder Lessa, tornou pública sua carta ao presidente da República, concitando-o a suspender a sexta licitação de bacias sedimentares que, na prática, segue consumando o processo de privatização da PETROBRAS. O general que integra o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, órgão de assessoramento direto de Lula, chama a atenção do presidente para suas responsabilidades com o futuro do Brasil, considerando, de fato é, como estratégico para os interesses nacionais e o futuro do Brasil, a manutenção do monopólio estatal do petróleo.

O Brasil de Lula caminha nesse diapasão. O presidente repete FHC na política econômica, nas reformas encaminhadas pelo FMI, nos discursos que faz no exterior, se apresentando como líder de um mundo em transformação e nem pode negar isso. A Secretaria Especial de Comunicação, ocupada pelo ministro Luís Gushiken, está divulgando um livro/relatório em que fala do País e elogia o governo anterior.

No livro está afirmado, com todas as letras, que o governo anterior, o de Fernando Henrique, cuidou de evitar uma catástrofe maior na economia, ao manter bons índices de superávit primário e outras coisas mais.

Num tribunal de júri isso seria prova documental, portando inegável, com as impressões digitais do Palácio do Planalto.

No tribunal da opinião pública, a condenação se mostra através das constantes quedas nos índices positivos de avaliação do governo Lula.

Isso pode ser medido no curso do processo eleitoral que começa agora a ganhar corpo, ou seja, começam a ir para as ruas as campanhas. O PT estabeleceu como estratégia conquistar o maior número de prefeituras possíveis, com vistas à reeleição do presidente, em 2006. Para isso fez alianças com Deus e o diabo, engole sapos amazônicos, mas deve sair consolidado nos pequenos municípios, onde o voto de cabresto é uma realidade. Como manter algumas prefeituras de cidades consideradas chaves para a sucessão presidencial.

E por falar em sapos amazônicos, a ministra do Meio Ambiente, Marina da Silva, estuda um projeto de privatização da Amazônia. A região seria dividida em áreas várias e entregues, tais áreas, por licitações, a empresas privadas, mediante contratos com pagamento mensal ao governo.

Tem sido, a ministra, a maior degustadora de sapos do governo. A cada crise no setor corre e apresenta seu pedido de demissão. Lula chama, conversa, faz um apelo e a ministra chora, mas cede. Diz que é pelo futuro.

Um dos fatores determinantes do crescimento abusivo dos lucros do BRADESCO foram as chamadas operações financeiras.

Ou seja, no governo do PT os bancos continuam sendo os principais acionistas do Estado. Já os bancários…

Os salários… A saúde… O emprego…

Lula corre o risco sério de ganhar o troféu Lech Walessa das Américas. O que pareceu ouro, mas era lata. Latão.