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A democracia nos EUA

Fuentes: Rebelión

A avalancha de denúncias sobre esquemas para propiciar fraudes eleitorais nas eleições de novembro nos Estados Unidos, confirmam uma nova realidade: a máscara democrática de um império totalitário cai de forma ruidosa e vergonhosa. Bush é um embuste em tudo e por tudo, principalmente na forma como chegou ao poder, em 2000, como agora, quando […]

A avalancha de denúncias sobre esquemas para propiciar fraudes eleitorais nas eleições de novembro nos Estados Unidos, confirmam uma nova realidade: a máscara democrática de um império totalitário cai de forma ruidosa e vergonhosa.

Bush é um embuste em tudo e por tudo, principalmente na forma como chegou ao poder, em 2000, como agora, quando prestes a ser reeleito, se vale de toda a sorte de artimanhas e golpes para evitar uma derrota.

As chances de John Kerry estão nos dois debates previstos em rede nacional de televisão. Em tese. Os riscos, como aconteceu com Al Gore, de ganhar e não levar, começam a ser percebidos por figuras notáveis do próprio país, no caso do ex-presidente Jimmy Carter.

Carter, num artigo publicado em vários jornais, denuncia manobras e fraudes na Flórida, governada pelo irmão de Bush, Jeb e que, na primeira eleição do líder terrorista foi decisivo.

Por detrás de todo esse jogo estão interesses da parcela mais atrasada das classes dominantes norte-americanas. A turma que ainda anda de quatro, não descobriu garfo e faca, mas conhece o poder da borduna e principalmente, no viés autoritário com que vão eliminando toda e qualquer reação, asseguram o lucro nosso de cada dia sem transtornos e sem necessidades de maiores explicações.

A mídia dos Estados Unidos, uma ou outra exceção e mesmo assim sem muito poder fogo, é parte desse projeto.

Patriotismo, na sua forma mais canalha, recheia a ressurreição do nazismo, fecunda o IV Reich, que tanto mistura idiotas como o presidente, com propósitos e objetivos do complexo industrial e militar, agora acrescido do sistema financeiro internacional.

A nova ordem imposta em toneladas de bombas contra o Iraque. Ou o Afeganistão. Mas que também compra generais paquistaneses. Sustenta ditaduras como a de Álvaro Uribe, na Colômbia, que submete o México através do NAFTA e tenta expandir seus domínios a toda o continente americano via ALCA.

A ordem que intenta invadir Cuba e destruir o governo popular. Que golpeia o presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

Um amigo estimado e de lucidez incrível lembrava outro dia a imagem de um texano, no filme de Stanley Kubrick, falo de «Dr. Fantástico», montado numa bomba nuclear e caindo por sobre Moscou, isso ao tempo da União Soviética.

O império agora é único e Bush a face sem máscara dos objetivos e propósitos dos EUA.

Analistas afirmam que em longo prazo os Estados Unidos pagarão o preço dos desvarios do IV Reich. Mas até lá pagam os povos dos países do resto do mundo. E se reação não houver, em larga escala, estamos condenados ao Grande Irmão velando e zelando por todos nós, mais precisamente, explorando e matando a todos nós em todos os cantos do mundo.

O V Fórum Social Mundial, em janeiro de 2005, deve ser um instrumento para pensar e definir as estratégias fundamentais ao movimento popular no combate ao nazismo ressurreto nos EUA e em seus aliados, britânicos e israelenses. Os principais, falo deles.

Os fatos resultantes da invasão do Iraque, a barbárie dos rapazes de Bush contra iraquianos, as torturas e humilhações nas prisões naquele país, o assassinato através de terrorismo de Estado praticado contínua e sistematicamente pelo governo de Israel, a transformação da base ocupada de Guantánamo, em Cuba, em campo de concentração e os limites impostos aos direitos civis em seu próprio país, como maneira de evitar e desestimular reações ao novo Reich, são apenas os visíveis de tudo o que Bush e sua turma significam para o resto do mundo.

A democracia nos Estados Unidos, antes de Bush inclusive, é uma farsa, um engodo que esconde características de uma história imperialista, agressora, totalitária e bárbara. O que Bush fez e quer continuar a fazer foi jogar a máscara dos direitos humanos, da liberdade, fora, no lixo.

As dificuldades que o candidato democrata enfrenta transcendem à campanha e a conquista de votos. Encontram suas tenazes maiores na fraude, no controle da mídia, no terror interno que gera pânico e medo com intenções as piores possíveis.

O debate pode, quem sabe, ajudar a reverter um quadro que parece definido. Mas é muito difícil.

Os Estados Unidos são hoje uma ditadura que se esparrama por todo o mundo. Com todos os ingredientes que caracterizam qualquer ditadura.