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A guerra do Iraque e a guerra da Colômbia

Fuentes: Rebelión

A vitória de Hugo Chávez, confirmada por uma auditoria realizada a pedido da OEA e da Fundação Carter, organizações subordinadas à Casa Branca, complica os propósitos norte-americanos de ocupar e controlar toda essa região do continente americano, tal e qual fazem na Colômbia. Petróleo e água são os objetivos principais do Estado terrorista dos EUA. […]

A vitória de Hugo Chávez, confirmada por uma auditoria realizada a pedido da OEA e da Fundação Carter, organizações subordinadas à Casa Branca, complica os propósitos norte-americanos de ocupar e controlar toda essa região do continente americano, tal e qual fazem na Colômbia.

Petróleo e água são os objetivos principais do Estado terrorista dos EUA.

Bolívia, Equador e Peru podem, num futuro próximo, acentuar ainda mais a reação aos projetos imperiais de Washington. Kirchner pode se sentir mais à vontade em definir políticas no mínimo nacionalistas. O Uruguai tem a perspectiva de um presidente com uma plataforma de mudanças.

O significado disso é que Lula e Lagos, seguidores da ortodoxia do FMI, podem terminar isolados.

O recrudescimento da barbárie terrorista norte-americana no Iraque tem uma explicação: a perda da Venezuela, leia-se petróleo, torna vital o controle das reservas iraquianas. Logo, é preciso liquidar toda e qualquer reação. Os ataques das forças da resistência naquele país têm causado sérios transtornos aos planos de Bush e das companhias petrolíferas. Ora são a oleodutos, ora a refinarias, ora a poços.

A decisão de Bush de apoiar o plano de Sharon de novas construções na Cisjordânia, em flagrante desrespeito a resoluções da ONU e o avanço sobre território Palestino, tanto quanto as ameaças ao Irã, somam-se a esse espectro terrorista.

Uma pesquisa divulgada nos Estados Unidos mostra que 69% da população já está contra a guerra. Não é um dado definitivo. Norte-americanos são volúveis em caráter quase que absoluto, é possível que amanhã pensem o contrário. Mas é, de qualquer forma, um dado revelador. A morte constante e quase diária de soldados/terroristas abala a opinião pública.

A reação de vários governos e instituições no mundo contra as torturas e a negação dos direitos humanos em Guantánamo, nas prisões iraquianas, no Afeganistão e na Colômbia, além do envolvimento confesso nas várias tentativas de derrubar Chávez, encurtam o espaço da manobras do IV Reich e acabam determinando reações estúpidas de Bush e seus asseclas. É o natural de pessoas fronteiriças, falo de sanidade, mas que, acima de tudo, não rasgam dinheiro. Pelo contrário. Querem todo.

Os Estados Unidos, hoje, são um país sob um regime ditatorial. O governo Bush restringiu ao máximo os direitos individuais e qualquer cidadão, sobretudo imigrantes, árabes em primeiro lugar, pode ser preso sem culpa, jogado numa cela, torturado e permanecer assim anos a fio.

Há tentativas de controle da Internet, único meio de comunicação que ainda escapa à censura do Pentágono e é conhecido o papel dócil que cumprem os demais veículos da imprensa dos EUA.

Bush tinha o hábito de desafiar o governo da China a franquear o acesso à rede mundial de computadores a todos os chineses que assim o desejassem, como demonstração de respeito à liberdade. Não pode fazer isso mais. Faz pior, bem pior.

Por paradoxal que possa parecer, nem parece tanto, há um retrocesso quase que absoluto nos setores de pesquisas em todas as áreas na terra do terror de mercado, conseqüência da visão tacanha e primata do presidente e os que compreendem seus instintos. Anos à frente o preço pago pelo império vai ser imenso, daí a necessidade de liquidar, de imediato, com os desafios. Do ponto de vista deles.

Os últimos meses do governo Bush, não se sabe ainda se vai haver um segundo mandato, serão determinados pelas pesquisas de opinião pública sobre as preferências do eleitorado. Se o democrata desgarrar e confirmar chances de vitória, vai depender mais dele que qualquer outra coisa ou pessoas, a tendência é a loucura geral e absoluta na Casa Branca. Forma de garantir o lucro futuro enquanto vão tratar de tentar a volta.

Há indícios, por outro lado, de novas fraudes na Flórida. O irmão do presidente, governador do Estado, Jeb Bush, adotou o sistema de urnas eletrônicas sem voto impresso, o que não permite recontagem, no melhor estilo Nelson Jobim.

O que está acontecendo no Iraque, em Najaf e Faluja não tem precedentes nem nos massacres praticados pelos nazistas, tal a dimensão da boçalidade dos soldados do terror.

O que pode acontecer na demonstração que vão continuar buscando derrotar Chávez, agora impedir sua reeleição dentro de dois anos (ações terroristas e que tais para desestabilizar seu governo e inviabilizar seus projetos e políticas), está previsto também para o aumento do férreo controle da ditadura colombiana, da reação de forças populares na Bolívia e no Equador e, curiosamente, maior aproximação com o general Luís Inácio Lula da Silva, comandante e centro-avante das tropas/seleção brasileiras no Haiti.

Por lá, no Oriente Próximo, aumento da ações militares no Iraque, aumento da escala do terror do governo de Israel contra populações palestinas e pressões sobre o Irã e a Síria.

Se não cismarem de retornar com aquela história de terroristas na região de Foz do Iguaçu. Lá está o quinto maior aqüífero do mundo.

Governos reagem pouco, no caso de Lula. De Lagos. Para citar dois. Uribe está sobre controle total. A exceção dos conhecidos, o da Venezuela, de Cuba, numa certa medida o da Argentina, a luta vai depender cada vez mais das organizações populares. Do movimento social.

A luta institucional é cada vez menos meio para se alcançar perspectivas concretas de um outro mundo possível.