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Chávez defende comunidade de nações sul-americanas em Ouro Preto

Fuentes: Rebelión

Uma das decisões da cúpula que reuniu os países membros do MERCOSUL foi a de criar um Parlamento a partir de 2006. O governo do Uruguai se opôs mas a idéia foi aprovada. O bloco fundado em 1991 por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai recebe agora Colômbia, Equador e Venezuela como países associados, depois de […]

Uma das decisões da cúpula que reuniu os países membros do MERCOSUL foi a de criar um Parlamento a partir de 2006. O governo do Uruguai se opôs mas a idéia foi aprovada.

O bloco fundado em 1991 por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai recebe agora Colômbia, Equador e Venezuela como países associados, depois de incorporar Bolívia e Chile em 1996 e Peru no ano passado.

Um fundo para projetos de combate aos bolsões de pobreza foi anunciado e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, presente ao encontro, disse que seu país tem 100 milhões de dólares para investir nesse fundo.

Chávez defendeu o fim do MERCOSUL e da Comunidade Andina, organizações que segundo ele se sobrepõem ao projeto de Comunidade Sul-americana das Nações, conseqüência natural de projetos de integração. Para o venezuelano esse passo é fundamental para o futuro e o parlamento do MERCOSUL, criado no encontro de Ouro Preto, é visto como um avanço.

Os oito presidentes dos oito países compareceram, além de observadores do México e do Panamá, países respectivamente da América do Norte e América Central, interessados em se associarem. Observadores de outros 20 países, inclusive não americanos, estiveram presentes.

As divergências entre Brasil e Argentina não foram superadas. O presidente argentino Néstor Kirchnner defende que o Estado tenha maior participação no processo de construção do MERCOSUL e no que o bloco resulta em benefícios e vantagens. Kirchnner fez críticas à forma de conduzir o bloco deixando as questões ao sabor do mercado e seus agentes.

Manifestantes vindos de vários pontos do País foram a Ouro Preto protestar contra a ALCA. Os protestos se estenderam a todo o conjunto de políticas dos Estados Unidos, para além do projeto de recolonização da América Latina via ALCA.

No próximo ano os governos da região vão enfrentar uma permanente mobilização contra a ALCA. É parte do calendário de lutas populares. A posição de alguns governos, o de Lula inclusive, é dúbia.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez foi o centro das atenções. Mais uma vez ficou evidente que o prestígio do líder bolivariano ultrapassa as fronteiras do seu país e sua revolução é hoje admirada e respeitada em todo o continente latino americano.

E tanto é assim que um deputado da direita, PSDB, Bismarck Maia, fez críticas à Tevê Comunitária de Brasília que transmite notícias reais do processo revolucionário venezuelano, em contraponto às redes privadas de rádio e tevê.

O deputado, de extrema-direita, quer informações sobre o livre exercício do direito de informar, ao contrário do que se acostumou nos oito anos de governo do seu partido, onde a mentira era transformada em verdade ao custo de verbas públicas. Pura tentativa de coação.

O fato serve como medida das preocupações da extrema-direita brasileira com o governo de Chávez e o cada vez maior prestígio do líder bolivariano em toda a América Latina.

Como as mentiras globais restam desmentidas pelos fatos veiculados na Tevê Comunitária e outros órgãos populares, o deputado se abespinhou em nome dos donos (aos quais representa na Câmara).

Uma outra conseqüência do encontro do MERCOSUL foram os acordos para livre comércio com países da África e com a Índia.

A presidência do bloco foi para o paraguaio Nicanor Duarte, obedecendo ao caráter de rodízio. Estava com o brasileiro Lula.

A Polícia Militar de Minas, fazendo jus às características de qualquer polícia militar em qualquer parte do mundo, criou uma barreira em torno dos governantes, ministros e diplomatas presentes, no melhor estilo de paranóia made in USA. São raros policiais militares que conseguem andar e falar ao mesmo tempo. Tropeçam e caem.

À exceção de Chávez, que permitiu aproximação de pessoas comuns, os demais presidentes refugiaram-se no rígido esquema de segurança.

As manifestações contra a ALCA se voltaram também contra as posições do governo brasileiro e as frustrações decorrentes de várias atitudes de Lula.