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Colômbia: porta de entrada do terrorismo norte-americano

Fuentes: Rebelión

O assassinato do líder camponês colombiano, Pedro Jaime Mosquera, vice-presidente da Associação Camponesa de Arauca, encontrado morto no dia seis de outubro na fronteira da Colômbia com a Venezuela com sinais de tortura, fecha um cerco montado pela ditadura do narcotraficante Álvaro Uribe, que incluiu, entre outras coisas, detenções ilegais, perseguição a familiares de Pedro […]

O assassinato do líder camponês colombiano, Pedro Jaime Mosquera, vice-presidente da Associação Camponesa de Arauca, encontrado morto no dia seis de outubro na fronteira da Colômbia com a Venezuela com sinais de tortura, fecha um cerco montado pela ditadura do narcotraficante Álvaro Uribe, que incluiu, entre outras coisas, detenções ilegais, perseguição a familiares de Pedro Jaime Mosquera e culminou em sua fuga para a Venezuela, onde estava exilado.

Forças paramilitares, grupos terroristas de extrema-direita ligados ao tráfico e ao latifúndio estiveram na região e, com toda a certeza, como já o fizeram várias vezes, cruzaram a fronteira com a Venezuela para matar Mosquera. Têm matado com freqüência e sistemática perversidade lideranças populares naquele país.

O assassinato do líder camponês colombiano é uma ponta do Plano Patriota que os Estados Unidos executa na América do Sul a partir da Colômbia, com objetivos claros e definidos: derrubar o governo de Hugo Chávez, controlar o petróleo venezuelano. Eliminar a resistência popular na Colômbia derrotando as FARCs e o ELN (último grupo guerrilheiro criado por Che Guevara). Envolver o Brasil no conflito obtendo autorização para ações na fronteira e, lógico, uma base militar e, por fim, o controle total da Região Amazônica.

Os grupos paramilitares colombianos assemelham-se aos grupos de pistoleiros a serviço do latifúndio no Brasil e em todos os países da América Latina. No governo de Lula, ocupam, através de Roberto Rodrigues, o Ministério da Agricultura.

O terrorismo imperial do governo Bush avança gradativamente sobre os países da América do Sul (tem o controle da América Central a exceção de Cuba) é a Colômbia é a porta de entrada dessa ação.

Temem que bolivianos elejam um presidente de esquerda e que a situação no Peru, onde o governo detém o mais baixo índice de popularidade da história, chegue a ponto de uma revolta popular o que transtornaria os planos de recolonização desta parte do mundo.

No caso do Brasil o cavalo de Tróia são as tropas no Haiti. Lula coonesta com um golpe de estado e um regime de opressão contra os haitianos.

O controle, por mais que governos neguem, sobre as forças armadas dos países sul-americanos é real e efetivo e o processo atinge pontos de tal ordem que não existe um único país neste canto que tenha condições de impedir uma eventual ação militar do terrorismo de Washington. Essa vulnerabilidade decorre ora da ação cúmplice de militares pró-americanos (o nacionalismo canhestro de vários grupos fascistas), ou pelo sucateamento dessas forças.

O Plano Patriota é apenas a ponta de um véu que se estende até a chamada Tríplice Fronteira (Brasil, Paraguai e Argentina). Querem a região e água que ali existe, além do controle sobre cidadãos palestinos refugiados na área de Foz do Iguaçu.

Um observador atento vai encontrar várias semelhanças entre a ação terrorista do Estado de Israel e a desenvolvida por aqui via Colômbia. Ainda que não tenhamos atingido o nível de conflito existente no Oriente Médio (dois governos apenas resistem ao terrorismo dos EUA: Castro e Chávez, os outros são dóceis), os propósitos são os mesmos: um império semelhante ao antigo mundo britânico: «o império onde o sol não se põe».

A Inglaterra hoje é colônia.

O fantástico poder dos meios de comunicação de massas em nossos dias, braço do neoliberalismo e do terrorismo de mercado, muitas vezes substitui o grito sanguinário das armas que, na Palestina matam crianças, no Iraque servem para bombardear bairros pobres e aqui matam líderes camponeses como Mosquera.

O mundo cor de rosa padrão Big Brother. A sensação que eu, você somos todos iguais a Ermírio de Moraes ou qualquer banqueiro da vida, pelo simples fatos que ou fumamos a mesma marca de cigarros, ou usamos calças jeans da mesma marca.

O assassinato de Pedro Jaime Mosquera é mais um ato criminoso da ditadura colombiana e uma ação terrorista montada e planejada em Washington.

Já os militares brasileiros no Haiti…

Imagino que Lula acredite piamente que no momento decisivo um anjo desce dos céus e lhe entrega a espada mágica com que vai mudar a história da humanidade.

Garotinho também fala em nome de Deus.