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Eleições lá, eleições cá

Fuentes: Rebelión

Mais de cem milhões de eleitores brasileiros devem comparecer às urnas, domingo, dia três de outubro, para eleger prefeitos e vereadores. PT e PSDB (partido de FHC) são considerados os favoritos nas principais capitais e cidades de grande e médio portes do País. Em torno dessa disputa as eleições de 2006. Lula é candidato à […]

Mais de cem milhões de eleitores brasileiros devem comparecer às urnas, domingo, dia três de outubro, para eleger prefeitos e vereadores. PT e PSDB (partido de FHC) são considerados os favoritos nas principais capitais e cidades de grande e médio portes do País.

Em torno dessa disputa as eleições de 2006. Lula é candidato à reeleição e FHC sonha voltar ao Planalto para arrematar o processo de transformação do Brasil em entreposto dos EUA.

A disputa pela Prefeitura de São Paulo é simbólica para esse embate, o de 2006. José Maluf Serra é o candidato dos tucanos e Marta Favre do PT, tenta a reeleição. Partidos paulistas, os dois, jogam tudo na capital daquele Estado e preparam o caminho para daqui a dois anos.

Na matriz, George Bush, presidente/terrorista, quer ser reeleito e vai amanhã enfrentar o candidato democrata, John Kerry, em debate com transmissão nacional por uma rede de emissoras de televisão. Kerry, que está atrás nas pesquisas, é considerado melhor debatedor, mas com Bush tudo é imprevisível, até levando em conta o próprio eleitor norte- americano.

As eleições nos Estados Unidos estão marcadas por denúncias de fraudes e alguns estados, Califórnia e Flórida, vão adotar sistemas de votações que não permitem nem controle e nem auditorias no caso de suspeita ou denúncias de fraude.

Os dois estados são governados por aliados de Bush. A Califórnia pelo ator Arnold Shwazennegger e a Flórida pelo irmão do líder terrorista, Jeb Bush. Foi inclusive o responsável pela fraude que elegeu o texano, há quatro anos atrás.

Tudo indica que o partido do presidente Lula vai manter duas prefeituras importantes: Porto Alegre e Belo Horizonte. Ambas governadas por prefeitos petistas há 16 anos (Porto Alegre) e há 12 anos (Belo Horizonte). O prefeito de BH deve ser reeleito no primeiro turno inclusive.

O resto é uma incógnita. E até São Paulo onde a vitória de José Maluf Serra parecia certa. Uma saraivada de denúncias contra o candidato, muitas delas sustadas pela Justiça Eleitoral (esse estranho poder de pautar o debate), parece estar enfraquecendo a candidatura do tucano no momento decisivo. Ainda assim, Serra, segundo os principais institutos de pesquisa mantém índices razoáveis para o confronto no segundo turno. Mas menores que os de um mês atrás.

O Brasil vai votar de ponta a ponta usando as urnas eletrônicas do ministro Nelson Jobim. Não há voto impresso, não é possível nenhuma auditoria em caso de suspeitas de fraudes e mesmo assim o sistema permanece. Jobim paralisou todas as tentativas de dar transparência às urnas.

O que vai emergir das eleições no Brasil pode e deve mudar alguns parâmetros do governo Lula. A perda de São Paulo, por exemplo, se confirmada, vai provocar uma frenética tentativa de recuperar posições perdidas nos próximos dois anos. O PT só compreende o Brasil como sendo São Paulo. O resto é um país vizinho que fala a mesma língua.

As eleições internas do partido ano que vem, que, em tese, renovam diretórios e executivas municipais, regionais, estaduais e nacional, devem consagrar a transformação do PT em uma espécie de PSDB do B.

O resultado das eleições nos Estados Unidos pode desaguar em fatos bem mais graves. Há indícios claros que o terrorista George Bush, líder nominal do IV Reich, pretende invadir Cuba e dar cabo do governo bolivariano de Hugo Chávez.

Vai depender de como se processarão as eleições no Iraque, se é que acontecerão, em janeiro de 2005. Hoje, os principais analistas norte-americanos admitem que subestimaram o poder de reação dos iraquianos e o país está sem controle. Virou um pântano para estrangeiros. A resistência dos iraquianos pode virar também um outro pântano. Esse para Bush.

Tony Blair, governador geral da colônia britânica, possessão norte-americana na Europa, por exemplo, está sem saída e vendo o cargo escoando pelo ralo, com a captura de um inglês por grupos de resistentes no Iraque. Hoje, Blair não ganharia nem para síndico de prédio, ou porteiro de escola.

Isso não muda nada, os conservadores são ligados ao IV Reich de maneira bem mais estreita que os trabalhistas, mas é um recado e um indício claro que a população já não tolera mais os custos, em todos os sentidos da guerra montada e forjada na mentira das armas químicas e biológicas.

Lula prova, pela primeira em sua vida, o veneno da oposição. E nem tanto assim. A disputa é por poder. FHC ou Lula não mudam coisa alguma, são a mesma coisa.

Bush é a ameaça mais imediata para o mundo e no caso da América Latina um desastre total. Na sua obsessiva busca de novos negócios, o terrorista quer eliminar fantasmas e mostrar ao pai que poderoso é ele, no caso de Cuba. Viabilizar o mercado que Colin Powell disser valer um trilhão de dólares, falo da ALCA (Aliança de Livre Comércio das Américas).

A luta e a resistência em países como o Brasil não tem nada a ver com o institucional. Nem aqui, nem em qualquer país latino americano.

O que cada dia mais fica nítido é que esse dito jogo democrático é farsa com direito a show, espetáculo, sem levar a lugar algum, ou representar qualquer perspectiva de mudanças no modelo político e econômico.

Eleições, lá ou aqui, deixaram de ser representativas da vontade e da participação popular. Respaldam, só isso, o jogo do faz de conta que é democracia. Que o diga, além desses, o russo Putin.