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Entrevista a Francisco "Chico" de Oliveira

Em busca de uma nova democracia

Fuentes: Outras Palavras

Como sofre a sociedade brasileira, por não contar com uma imprensa disposta a investigar o que é de fato novo e relevante. Entre os dias 13 e 18/6 – domingo próximo a sexta-feira – reúne-se em São Paulo a XI assembléia da Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad, em inglês). Realizado no […]

Como sofre a sociedade brasileira, por não contar com uma imprensa disposta a investigar o que é de fato novo e relevante. Entre os dias 13 e 18/6 – domingo próximo a sexta-feira – reúne-se em São Paulo a XI assembléia da Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad, em inglês). Realizado no Parque Anhembi, o encontro é, em si mesmo, um retrato das enormes contradições que marcam o início do século. Criada em 1964, sob influência de economistas heterodoxos, como Raul Prebisch, a Unctad movia-se pelo projeto de uma nova divisão internacional de trabalho, menos injusta para os países do Sul. Foi atropelada, nos últimos anos, pela Organização Mundial do Comércio (OMC), onde prevalecem os interesses das transnacionais e a idéia fundamentalista de que nada – nem os direitos sociais, nem a soberania dos países, nem a preservação da natureza – deve se sobrepor à «livre» circulação de mercadorias.

Mais recentemente, quem perdeu terreno foi a própria OMC, contestada pelos movimentos por um mundo novo e pela posição corajosa das diplomacias de algumas nações do Sul – entre elas, a brasileira. Marcado por este conjunto de tensões, o encontro de São Paulo terá também a presença de 20 chefes de Estado, dos secretários-gerais da ONU (Kofi Annan) e da OMC (Supachai Panitchpakdi), de símbolos do movimento por um mundo novo, como o malaio Martin Khor e o francês José Bové. Nada disso abala o provincianismo dos «grandes» jornais do país – em especial os de São Paulo. A três dias do início da assembléia, eles dedicam à Unctad menos espaço que reservam, por exemplo, à polêmica sobre a instalação das chamadas «Farmácias do Povo» na cidade…

Como romper este cerco e participar, de algum modo, dos debates e movimentos que ocorrerão em torno da assembléia? Planeta Porto Alegre sugere duas atividades. Na manhã de segunda-feira (13/6), partirá, das proximidades do Metrô Armênia, uma marcha contra o «livre» comércio, a OMC e a ALCA. Convocada pela Coordenação de Movimentos Sociais, a manifestação não se limitará à denúncia. Num país em que a conseqüência mais notória da globalização é o desemprego, ela proporá, como saídas, a afirmação do direito ao trabalho, a redução da jornada de trabalho, a defesa dos serviços públicos, a reforma agrária e a construção de moradias populares. O trajeto e o convite podem ser vistos no espaço internet do Jubileu Brasil.

Quem também se atreve ao árduo trabalho de formular alternativas não pode perder a nova edição do seminário Agenda Pós-Neoliberal, organizado sob liderança do Ibase, com apoio da Fundação Rosa Luxemburgo. A programação completa pode ser vista aqui. Entre segunda (14/6) e quarta-feira (16/6), três mesas reunirão intelectuais brasileiros como Chico de Oliveira, José Luís Fiori e Jocélio Drummond. Em companhia de Goh Chien Yen (Rede do Terceiro Mundo), Harriet Friedman (Universidade de Toronto), Graciela Rodríguez (Rede Equît de Gênero, Economia e Cidadania Global), eles se propõem a debater três temas decisivos. Falarão sobre a construção de uma nova democracia, os nexos entre desenvolvimento e dignidade humana e as possibilidades de orientar o comércio para uma perspectiva de solidariedade.

Entre tantos debatedores, vale a pena prestar atenção às idéias que serão expostas por Chico de Oliveira. Veterano das velhas lutas socialistas e orgulhoso desta tradição, ele parece, ao mesmo tempo, cada vez mais sintonizado com as novas idéias sobre a superação do capitalismo. Participa dos Fóruns Sociais Mundiais. Solidariza-se com a geração política que, em sintonia com estes Fóruns, procura ir além de formas desgastadas de representação, como os parlamentos. Não significa que aceite sem crítica o que aparece como «novo». Critica os limites do Orçamento Participativo e vê como «brincadeira de casinha» algumas das teses de John Holloway, autor de Mudar o mundo sem tomar o poder.

Nesta segunda, 14 de junho, Chico falará, no seminário do Ibase, sobre «a reinvenção da política». Dez dias ante, ele concedeu a entrevista coletiva que se segue, na qual antecipa, em parte, sua exposição.

«A democracia está em crise. Ela já não é capaz de processar conflitos em escala global, que pipocam por todo lado»

Seu tema no seminário Agenda Pós-Neoliberal é a «reinvenção da política». Você julga que o desgaste e o esvaziamento da democracia surgida na Revolução Francesa já são suficientes para pensar num novo sistema?

Ainda não. O desgaste é visível por toda parte: desde as democracias mais consolidadas às nossas, periféricas. Há um regozijo universal por restarem poucos sistemas não formalmente democráticos. As exceções são assinaladas. Mas este júbilo esconde que a democracia está em crise. Ela não é mais capaz de processar conflitos de escala global, que pipocam por todo lado. Na periferia, o fenômeno é mais assustador. O problema é que não há, ainda, saída no horizonte. Veja, por exemplo, o caso do «Orçamento Participativo» (OP). Eu mesmo escrevi um balanço otimista sobre eles, que intitulei «Atas da Revolução», num texto escrito para a revista do Ibase. É, de fato, uma forma nova. Mas análises recentes de sua experiência em São Paulo, feitas com rigor por Cibele Rezek e Carlos Alberto Bello, mostram que ele está sendo engolido pelas velhas forças políticas – além de continuar irrelevante. Não passam por ele mais que 2% a 5% do total de despesas do município. As forças que estruturam a cidade não são alcançadas pelo OP.

«Pouco a pouco, a burguesia começa dispensar a política, a mediação entre seu poder social e o poder estatal»

Há relação entre este impasse da democracia e a crise dos sujeitos sociais clássicos, que você tem examinado em vários estudos?

Sim, claro. Mas é interessante notar que a crise parte da própria burguesia. Os conflitos gerados pela concorrência intercapitalista são tão intensos que a democracia representativa não dá conta. O capital procura atalhos – que, por sua vez, acirram a crise. Nos EUA, surgiram, há décadas, os lobbies, porque os grandes negócios exigiam um contato direto com os responsáveis pelas decisões. Aos poucos, parece que, além disso, a burguesia começa dispensar a política, a mediação entre seu poder social e o poder estatal. O problema surge com maior dramaticidade num país como a Venezuela, onde, há dois anos, os grandes empresários deram um golpe de Estado e assumiram diretamente o poder. Empossaram o presidente da federação empresarial. Felizmente, um levante popular os derrubou.

Nas periferias, avassaladas pela globalização e o neoliberalismo, o fenômeno é aterrador. De um lado, a burguesia joga por fora da democracia. De outro, as classe dominadas estão corroídas pela globalização, marginalização e ressignificação do trabalho. No Brasil, 60% da força de trabalho já está às margens de qualquer regulamentação. Em tal cenário, cortam-se as relações entre as classes, os interesses e a política.

«Lula e Chávez falam diretamente às massas. Mas Lula procura recompor o sistema em crise, enquanto Chávez estimula a organização social»

E quais as conseqüências?

Uma delas é o surgimento, pela primeira vez, de um populismo digno deste nome. Como o sistema político está falido, alguns líderes saltam por sobre e ele e dirigem-se diretamente às massas. É o caso de Lula e Chávez. Mas também aqui, os detalhes são reveladores. Diante da crise de representatividade, Lula apela para seu carisma, sua imagem. Mas ao invés de renovar o sistema político em crise, procura recompô-lo, com uma série de acordos e alianças conservadoras. Faz o parafuso dar uma volta atrás. Chávez também dialoga com as massas, porém o faz de forma ativa, propondo reformas verdadeiras e estimulando a organização social.

«Multiplicam-se, com a globalização, o que Foucault chamava de ‘dispositivos que anulam a política’. A cidadania perde a capacidade de intervir nas instituições»

Uma das causas do desencanto com a política é a impotência das velhas instituições. Muitos dos antigos poderes dos governos e parlamentos foram assumidos por instituições internacionais dirigidas por tecnocratas, e imunes ao voto popular. Como enfrentá-los?

Temos aqui um desafio formidável, e um belo caso para estudo. Mesmo no caso da União Européia, onde se instituiu um parlamento comum, as linhas de força tradicionais no Ocidente se diluem. A lógica mais forte é a das nacionalidades. Além disso, o próprio poder deste parlamento é muito reduzido, e certos mecanismos supranacionais funcionam como o que Foucault chamava de dispositivos que anulam a política. O Tratado de Maastrich, por exemplo, retira dos Estados a condição de serem alcançados pela política. A cidadania perde a capacidade de intervir nestas instituições, que se tornam caducas. Anulam-se mecanismos fundamentais – como a construção de consensos, em geral lenta e complexa.

«No centro do sistema, ainda há certo simulacro de democracia. Na periferia aparecem as aberrações, como o poder sem controle do Banco Central brasileiro»

Você tem apontado o Banco Central como uma das instituições que anulam a democracia…

No centro do sistema, ainda há um certo simulacro. Nos EUA, por exemplo, o banco central (o FED) é dirigido por um birô onde há representantes de FEDs de várias regiões. Trata-se de uma tentativa de criar os célebres contra-poderes – ainda que o FED, como sistema, seja muito imune ao voto cidadão. Na periferia, o problema é muito mais grave, devido à pouca tradição democrática e a superestruturas que se sobrepõem ao método da democracia representativa. Insisto em falar no método, como um processo, e não apenas no voto, que é uma forma técnica de representação.

No Brasil, o Banco Central acumulou enorme poder. Suas decisões sobre juros e câmbio são imediatamente processadas pelo mercado. Produzem efeitos imediatos e irreversíveis. Anula-se, na prática, a possibilidade de a cidadania usar, contra elas, os recursos constitucionais teoricamente existentes.

«É preciso reinventar a democracia. Todas as iniciativas que tentam colocar a política ao alcance das classes sociais devem ser estimuladas»

Os últimos anos foram marcados — no campo dos que querem superar o capitalismo — pelo Fórum Social Mundial e por enormes manifestações sociais. Seu alvo são as instituições que simbolizam o sistema e as guerras imperiais. Boa parte dos participantes destas ações vêem-se como cidadãos políticos – mas já não julgam necessário pertencer a um partido. Como você vê esta nova sensibilidade?

É dela que pode surgir alguma coisa. É preciso reinventar a democracia, e todas as iniciativas que tentam colocar a política ao alcance das classes sociais devem ser estimuladas. Vejo assim, por exemplo, a proposta de Fábio Konder Comparato, que talvez resvale para o idealismo ou o irrealismo. Mas isso, hoje, é um detalhe. Na essência, ele sugere inventar forças que escapem ao circuito dos partidos. Não pretende excluí-los, mas cobrir campos em que a institucionalidade é pouco eficaz.

«John Holloway está brincando de fazer casinhas. Se o seguirmos, o Império passará muito bem, obrigado…»

Classifico neste mesmo caso as ONGs. Muitos dizem que são importação esdrúxula, formas liberais. De alguma maneira, é até verdade. Seu método vem da tradição européia ou norte-americana. Em certos casos, chegam quase a disputar o papel do Estado.

Mas prefiro olhar para este fenômeno de forma não-esquemática, e suspeitando que ele quer dizer alguma coisa. As ONGs que verbalizam ou vocalizam conflitos não escritos ou não compreendidos pelas instituições – como o foi, por muito tempo, o tema ambiental. Algo semelhante precisa ser feito no campo da política. A forma burocrática que a administração dos Estados assumiu não tem capacidade para dar conta dos novos processos. A proposta Fábio Comparato é legítima porque procura resposta para algo grave: é preciso recobrir os conflitos com um novo método político, que dê à cidadania novas possibilidade de atuar.

«O Orçamento Participativo limitou-se à briga por 2% das despesas estatais. Não são afetadas por ele as decisões estruturantes, que moldam as metrópoles»

Você concorda com a idéia expressa no título do livro de John Holloway: «mudar o mundo sem tomar o poder»?

Vera Sílvia Telles, professora da USP e membro de nosso centro de pesquisas, criou, para certas ilusões relacionadas ao Orçamento Participativo, uma expressão que se aplica a esta pergunta. «Estão brincando de fazer casinhas», ela diz.

Frente à multiplicação das forças do capital, a novos processos sociais muito mais complexos, surge às vezes a tendência de se manter à margem, de se contentar com a democratização do clube da esquina. Holloway está brincando de fazer casinhas. Se o seguirmos, o Império passará muito bem, obrigado…

Suas críticas ao Orçamento Participativo parecem cada vez mais ácidas. Por que?

Infelizmente – e suspeito que não apenas em São Paulo – a experiência limitou-se à briga em torno de 2% das despesas estatais. Os debates são mais ou menos assim: vamos construir uma escola ou vamos pavimentar nossa rua? Não são afetadas pelo OP as decisões que eu chamo de estruturantes: por exemplo, as grandes obras viárias que mudam a circulação e a própria organização do trabalho nas metrópoles.

«Ao participar do último Fórum Social Mundial em Porto Alegre, observei e disse que ele é nitidamente anti-capitalista»

No início, era possível aceitar estes limites – e por esta razão fui muito otimista. É claro que o OP não poderia, em seu nascimento, abarcar todo o Orçamento. Faltava criar uma dinâmica nova, reforçá-la e expandi-la pouco a pouco, criar condições para enfrentar conflitos. Mas este gradualismo deveria preservar a vontade renovadora que Raul Pont, então prefeito de Porto Alegre, expressou, num debate de que participei. Ele dizia: «De fato, o OP compete com a Câmara de Vereadores. E se não fosse para competir, por que fazê-lo?

Este ímpeto transformador arrefeceu?

Sim. Vera Telles, uma pesquisadora de campo incansável, assegura que há pessoas interessadas no OP. Elas vão às reuniões, têm persistência admirável, intervêm, disputam. Aprende-se algo, de fato. Mas para que? A estratégia possível teria sido ampliar, pouco a pouco, o percentual do Orçamento controlado pela sociedade. Se tivéssemos passado, após uma década e meia, para 50% do orçamento total, teria havido um deslocamento notável de poder. Mas não. No início, os vereadores se incomodaram. Mas foram percebendo que, mantido nos limites iniciais, o OP não era tão hostil assim. Era possível conviver com ele, e até domesticá-lo. A prova dos nove, hoje, é a inexistência de oposição. Se o OP afetasse o capital, surgiriam, é claro, forças em contrário. Mas, nada. Assim como está, ele pode ser perfeitamente absorvido.

«A esquerda brasileira foi sempre pouco crítica à idéia de desenvolvimento. O déficit deve-se à qualidade do nosso marxismo, que despreza, por exemplo, a vertente frankfurtiana»

Numa era em que o capitalismo enveredou para a tentativa de mercantilizar radicalmente as relações sociais, qual a atualidade das idéias de anti-valor — ou de não-valor?

Nos termos em que pensei e tentei explorar, o anti-valor é, de fato, anti. Funciona como negatividade, como resistência – ainda nos limites do capitalismo. Criar o não- valor é parte da utopia socialista. É uma necessidade que sai pelos poros. Ao participar do último FSM em Porto Alegre, observei e disse que é foi nitidamente anti- capitalista. Faz, de forma clara, a petição por outra vida, não organizada pelo valor econômico. Mas é, ao mesmo tempo, um trabalho de jesuítas. Não acredito em vitórias expressivas, ou em nova institucionalidade, a curto prazo. As forças do capital são, ainda, muito poderosas.

«É próprio da mídia ver apenas o imediato. Os jornais não lembram, por exemplo, quanto o agronegócio elimina trabalho e destrói a natureza»

Em São Paulo, o seminário «Agenda Pós-neoliberal» debaterá especificamente a questão do desenvolvimento. Você é muito crítico ao que chama de «mito do desenvolvimento brasileiro». Mas como encontrar alternativas a ele, ainda mais quando nem sequer vivemos uma fase de crescimento capitalista?

Afirmo que a esquerda brasileira foi sempre muito pouco crítica à idéia de «desenvolvimento». Em nosso país, ele foi intenso, durante um século, mas produziu uma das sociedades mais desiguais do planeta. Celso Furtado, o autor brasileiro que mais tratou do tema, só mais recentemente o fez de forma crítica. Não atentou para o caráter autoritário do processo. O déficit é devido à qualidade do marxismo brasileiro, que toca só no avanço econômico e despreza, por exemplo, a vertente frankfurtiana. Hoje, estamos ainda mais rebaixados. Lula conserva uma retórica desenvolvimentista, porém submetida a uma visão de mundo liberal – provavelmente ligada a sua experiência como sindicalista. Ele teve êxito na negociação com o capital, imaginando que manejava forças de mercado. Nem ele, nem seus sindicalistas, desconfiam que havia algo por detrás das aparências – entre outras coisas, uma ditadura desenvolvimentista que havia modernizado o país e criado uma classe operária estruturada.

«Talvez o melhor serviço que o Lula preste seja estimular, por oposição, a esquerda a se renovar. A frustração é enorme, mas a utopia persiste: ninguém quer entregar a rapadura»

A retórica do Palocci, exaustivamente reproduzida pela mídia, diz que retomamos o crescimento…

Os números são manipuláveis, mas o fenômeno profundo, por trás deles, é que estamos submetidos ao sistema financeiro e ao agronegócio. É próprio da mídia ver apenas o imediato. Os jornais não lembram, por exemplo, o quanto este modelo elimina trabalho e destrói a natureza. Há alguns dias, examinei, na companhia de Márcio Santilli, o mapa atualizado da cobertura florestal de Mato Grosso, nossa fronteira agrícola mais pujante. É só devastação. Restam apenas a mancha de floresta às margens do Rio Xingu, parque nacional. Mesmo ela pode ser liquidada por seu entorno. Na lógica atual, o futuro é a desertificação – porque, para concorrer globalmente, temos que estimular este tipo de «desenvolvimento».

Em meio ao desalento, parecem surgir, no Brasil, sinais de nova ação política. Surgem temas novos, como a campanha pelo controle dos movimentos de capital e a defesa de nossas fontes de água doce. Há como ser otimista?

Talvez o melhor serviço que o Lula preste seja este: fazer a esquerda se renovar. Tenho participado de inúmeros debates. Sou obrigado, muitas vezes, a cancelar compromissos. Em alguns casos, reúnem-se platéias enormes, interessadas em debater e encontrar alternativas. A frustração é grande, mas ninguém quer entregar a rapadura.

9 de junio 2004
www. planetaportoalegre.org
Correspondencia de Prensa – Boletín Informativo