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EUA: a sociedade de zumbis com colesterol

Fuentes: Rebelión

Uma corte do judiciário de New York proibiu a manifestação contra o presidente/terrorista George Bush nas imediações do Central Park. A decisão foi tomada para não estragar a grama. Esse o motivo oficial. O protesto deveria marcar o início da convenção do partido republicano. A democracia na concepção clássica está falida nos Estados Unidos. O […]

Uma corte do judiciário de New York proibiu a manifestação contra o presidente/terrorista George Bush nas imediações do Central Park. A decisão foi tomada para não estragar a grama. Esse o motivo oficial. O protesto deveria marcar o início da convenção do partido republicano.

A democracia na concepção clássica está falida nos Estados Unidos. O governo Bush revela o já mal disfarçado caráter autoritário do Estado norte-americano. Uma forma de ditadura que vem rolando desde os tempos do macartismo, tomando como marcador uma situação não tão passada assim e nem indo tão longe no processo de colonização e construção do império protestante e anglo saxão. Aquele do lucro acima de tudo e o peru no dia de ação de graças.

Como está transcorrendo o processo eleitoral a vitória de Bush parece mais provável que a de John Kerry. Inexplicável se olharmos pelo ângulo da lógica, do bom senso, mas compreensível numa sociedade de zumbis que acredita piamente no Superman, se extasia com o Spiderman e lambuza os dedos com molho de sanduíches da casa McDonald’s. Lambe os beiços. Arrota com coca cola.

O anúncio forjado contra o candidato democrata e que colocou em dúvida o passado militar de Kerry é um exemplo do que falo.

Kerry teve atuação destacada, para os padrões do país, na guerra do Vietnã. Bush, à época um bêbado, teve falsificada a sua situação no serviço militar. Aquela típica e bem conhecida manobra de famílias poderosas para tirar os filhos desse serviço, principalmente em época de guerra.

Kerry desafiou Bush para um debate sobre passados militares. Bush fez corpo mole, não respondeu, logo em seguida surgiu o anúncio na tevê.

No Estado da Flórida o governador Jeb Bush prepara outra fraude para as eleições. As urnas eletrônicas, invenção de uma das mais perigosas figuras das elites brasileira, o ministro Nelson Jobim, serão usadas sem o voto impresso. Aquele que permite a conferência, ou a recontagem, como aconteceu na Venezuela, no referendo que aprovou o mandato do presidente Hugo Chávez.

São dois fatos, duas situações que caracterizam o processo eleitoral dos Estados Unidos. Farsa.

Um jogo de fraudes e embustes arquitetado e executado por um grupo de terroristas que ocupou a Casa Branca em nome do deus mercado e esparge terror e violência mundo afora.

O que acontece nos Estados Unidos resvala para boa parte do resto do mundo a extensão da ditadura neoliberal. Quando Saramago fala de «farsa democrática» está confirmando isso.

O que Nixon chamou de «maioria silenciosa» está aí. O cidadão inerte e dominado, extasiado diante de programas de tevê de gosto no mínimo duvidoso, submetido a ataques do vírus do patriotismo canalha, idiotizado no dilema sobre se Lois Lane é de fato virgem e merecedora dos créditos e loas puritanos de Martin Lutero e Calvino, inventores do perdão para o lucro imoral, ou se é apenas produto de efeitos especiais. Uma coisa ou outra não faz a menor diferença e não muda nada, para eles. A tecnologia é a profetiza do mercado. O mercado é deus e a tecnologia sua profetiza.

São os que massacram civis em Faluja. Em Najaf. No Afeganistão. Lotam prisões em Guantánamo e no Iraque. Transformam a Colômbia num narco/estado e apresentam balanços com resultados fantásticos. Sejam as companhias de petróleo. Sejam os bancos. As grandes corporações. Os que se voltam para Wall Street principal santuário dessa gente.

A sociedade democrática erguida nos contornos do preconceito e de barbárie desenhadas em Mad Max.

A falácia da democracia cristã, ocidental e maravilhosa, acabou.

O Estado hoje, lá, ou no Brasil, na Colômbia, na Inglaterra, é apenas uma instituição privada a serviço do capital privado. Com se Hall, o computador de Kubrick em «2001, Uma Odisséia no Espaço» tivesse conseguido vencer a luta com o astronauta e mantido a porta fechada.

As eleições nos Estados Unidos se transformam numa fraude anunciada e pública destinadas a manter no poder um grupo de terroristas. Isso diz respeito a todos os povos do mundo diante da colossal força econômica e militar da nação.

Mas, acima de tudo, mostra que transformar cidadãos em zumbis, apatetados e inertes ao som da batuta do terror de mercado, é fácil.

É só controlar os veículos de informação. Ou exigir que o centro de produção de filmes pornográficos na Califórnia faça com que os atores e atrizes usem camisinha como exemplo para o mais comum dos mortais.

Sexo seguro.

Democracia como instrumento de opressão e terror.

De campanhas contra a obesidade.

A maior obesidade dos norte-americanos não está no peso.

John Kerry, até agora, não conseguiu ainda encontrar saída para esse delírio de terror e boçalidade.