Gustavo Cisneros, amigo de George Bush pai (companheiro de pescarias do dito), sócio de companhias petrolíferas nos Estados Unidos, dono de uma fortuna pessoal de 5.3 bilhões de dólares e principal empresário do setor de televisão na Venezuela, quer aportar e aprontar no Brasil. Cisneros, um dos principais aliados dos norte-americanos nas tentativas de golpe […]
Gustavo Cisneros, amigo de George Bush pai (companheiro de pescarias do dito), sócio de companhias petrolíferas nos Estados Unidos, dono de uma fortuna pessoal de 5.3 bilhões de dólares e principal empresário do setor de televisão na Venezuela, quer aportar e aprontar no Brasil.
Cisneros, um dos principais aliados dos norte-americanos nas tentativas de golpe contra o presidente Hugo Chávez, tanto pode comprar o SBT (Sistema Brasileiro de Televisão), do empresário Sílvio Santos (vivendo, a empresa, sérias dificuldades), como se associar aos Marinhos, proprietários da maior rede de tevê do País e uma das maiores do mundo, mas em estado pré-falimentar.
Sem a menor preocupação em esconder seus objetivos, em entrevista a um jornal brasileiro, ao ser perguntado sobre o limite de 30% de capital estrangeiro em empresas de comunicação, foi definitivo: «dá para contornar». E citou exemplo de como faz isso.
Cisneros montou, no governo Chávez, a maior rede de mentiras da Venezuela. Transformou sua empresa, a Globovision, em agente público do golpismo. Uma das razões foi a recusa do presidente Chávez em privatizar o petróleo naquele país. Outros, lógico, as mudanças políticas, econômicas e sociais que acabam com o analfabetismo, assegura educação a todos, saúde e preserva a soberania venezuelana.
Os muitos cisneros que pululam pelo mundo não têm pátria, não têm escrúpulos, só têm interesses. Fazem parte da máfia do mercado, a maior organização terrorista em ação no mundo e, com sede em Washington, a Casa Branca.
A lei que permite a participação de capital estrangeiro em empresas de comunicações foi aprovada no governo de FHC, já no final e destinava-se, além de atender a grupos econômicos, a tirar a Globo do buraco. Isso, depois de um socorro de 250 milhões de dólares, via BNDES, à guisa de participação em aumento de capital de uma das muitas empresas do grupo Marinho.
Dinheiro público a fundo perdido.
Achar que Lula vai mudar alguma coisa, afinal trata-se de um setor estratégico, televisão, Cisneros é comprovadamente mafioso. Acreditar nisso é bobagem. Lula é até capaz de recebê-lo no Planalto e mostrar-se satisfeito com investimentos no Brasil. Se bobear faz até discurso e estende tapete vermelho.
O controle das comunicações no mundo obedece a uma estratégia do império dos Estados Unidos.
É só dar uma olhada na própria mídia naquele país. Um hambúrguer vale mais que um palestino. Que um iraquiano. Que um afegão. Que um preso em Guantánamo.
A rede venezuelana de Cisneros, nos últimos tempos, não faz outra coisa que não campanha contra Chávez. Veiculou, há poucos dias, em tom de estardalhaço, a notícia que uma ONG de direitos humanos do EUA denunciava o governo bolivariano por violações dos tais.
Mentira e nem uma palavra sobre tortura a iraquianos, a afegãos, a palestinos, ou sobre os paramilitares colombianos que entraram no país para tentar forjar uma situação que levasse a um levante popular contra o presidente Chávez.
É essa a peça que quer baixar no Brasil. Disse que quer exportar novelas para o mundo inteiro.
O normal, diante de ameaça desse porte, virar sócio de empresas de comunicação no Brasil, seria uma investigação ampla e geral sobre os negócios do bandido. Mas está sendo saudado em todos os cantos, pelas elites, os que mandam, como mais um investidor a colaborar para o crescimento de nosso País.
O deles, só o deles. Elite brasileira é pródiga em reverência e ficar à frente dos panos enquanto a turma de fora controla, manda, faz o que quer.
A simples presença de tal figura, repugnante, entre nós, é motivo para preocupação.
Mas como no governo Lula tudo é possível…