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O cerco a Hugo Chávez. Lula já caiu

Fuentes: Rebelión

O anúncio que a oposição alcançou o número necessário de assinaturas para a realização de um referendo popular sobre o mandato do presidente Hugo Chávez mostra, pelo menos aparentemente, uma fraqueza do Conselho Nacional Eleitoral. O que chama tentativa de pacificação pode, no duro mesmo, ser consumação da queda diante das pressões golpistas dos Estados […]

O anúncio que a oposição alcançou o número necessário de assinaturas para a realização de um referendo popular sobre o mandato do presidente Hugo Chávez mostra, pelo menos aparentemente, uma fraqueza do Conselho Nacional Eleitoral. O que chama tentativa de pacificação pode, no duro mesmo, ser consumação da queda diante das pressões golpistas dos Estados Unidos e da OEA.

As denúncias de fraudes, tais como mortos assinando, clonagem de carteiras de identidades, essas e outras, fazem parte do roteiro golpista da organização terrorista Casa Branca e nem a nova versão de Bush, delirante (o cara perdeu o que restava, se é que restava, de alguma vergonha), pode fazer crer em preocupação democrática.

A presença do ex-presidente Jimmy Carter desmascara a crença de determinados setores em países latino americanos, que democratas não mordem. Mordem e destilam um veneno lento e mortal.

Não há porque aceitar o referendo.

É uma clara tentativa de derrubada de um governo legitimado duas vezes pelo voto popular.

Uma declaração do diretor demissionário da CIA, defendendo seu período, vem dos tempos de Bil Clinton, explica isso melhor: «as informações sobre o regime brutal de Saddam Hussein serviam para mostrar nossos interesses contrariados»

Saddam foi glorioso líder de novos ventos no Oriente Médio quando se prestou à guerra contra o Irã.

Interesses. Nossos interesses.

Chávez é a síntese dos interesses da Venezuela e dos venezuelanos. Logo, não está entre os que interessam ao terrorismo norte-americano.

O referendo é golpe. Está calcado numa mentira. Numa farsa.

E aí?

Como fica, por exemplo, o governo Lula, protagonista da vergonhosa noite de quarta-feira, a da votação do salário mínimo.

Na reunião da banda petista, quando a questão foi fechada, o ministro Antônio Palocci, à saída, disse o seguinte: «ainda bem que estou fora disso». Puro cinismo. Desrespeito total e absoluto ao trabalhador.

O que Lula ainda não percebeu é que já caiu. Lutar por Chávez. Para que não caia.

Em qualquer circunstância o referendo é fraude. Se levado a efeito vai produzir os resultados desejados pelo poder militar e econômico do terror dos EUA.

Os golpistas não se importam em criar um clima de guerra civil. Interessa aos interesses deles. É outro pretexto para intervenção da OEA.

O que fazem as tropas brasileiras no Haiti?

OEA é mero apêndice desse terrorismo de mercado/petróleo.

Há um cerco ao governo Chávez. É necessário rompê-lo. Chávez e a revolução cubana são os últimos bastiões de resistência à estupidez norte-americana.

O jeito novo de Bush, se comparando a Eisenhower, falando em «dia D» lembra mais os trejeitos de Hitler. Puro fascismo.

Ânimos exaltados na Venezuela são dos paramilitares colombianos e dos agentes do capital.

A descarada intervenção golpista sob capa democrática, a tal democracia que só serve aos interesses deles, os donos.

A luta de Chávez é a nossa. Até para que possamos recobrar a nossa, a que diz respeito ao Brasil. A derrubada de Lula foi fácil.

O referendo é só farsa. Puro golpe.