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O manifesto terrorista

Fuentes: Rebelión

Figuras proeminentes no mundo do IV Reich, dentre elas Madeleine Albright e Francis Fukuyama, assinaram um manifesto condenando o governo do presidente Hugo Chávez por sua reação ao assassinato do fiscal Danilo Anderson, crime praticado por terroristas financiados pelos Estados Unidos. O crime faz parte da estratégia de buscar desestabilizar o governo bolivariano da Venezuela […]

Figuras proeminentes no mundo do IV Reich, dentre elas Madeleine Albright e Francis Fukuyama, assinaram um manifesto condenando o governo do presidente Hugo Chávez por sua reação ao assassinato do fiscal Danilo Anderson, crime praticado por terroristas financiados pelos Estados Unidos.

O crime faz parte da estratégia de buscar desestabilizar o governo bolivariano da Venezuela e decorre das sucessivas derrotas de norte-americanos e elites daquele país na tentativa de derrubar Chávez.

Essa estratégia se volta agora para as eleições presidenciais de 2007, quando Chávez vai tentar um novo mandato. Criar o caos no país e favorecer à derrota do presidente.

O manifesto do terror norte-americano tem ainda muitas outras assinaturas, ou de funcionários qualificados do Reich de Washington, ou de agentes espalhados pelos países da América Latina, sobretudo aqueles já recolonizados, caso do México.

Madeleine Albrigth é aquela que considerou justo o preço de 200 mil crianças iraquianas mortas pela democracia. A deles, lógico. Fukuyama decretou o fim da história, todos no contexto da nova ordem mundial e cada qual a seu tempo.

O governo do presidente Bush se volta para dois problemas que considera decisivos na América Latina. A revolução cubana e a revolução bolivariana.

O líder terrorista da Casa Branca já deu sinais que pretende agir de forma mais direta e contundente contra Cuba e a Venezuela. Nesse sentido ocupa a Colômbia e mantém ali um governo títere, a ditadura de Álvaro Uribe e controla o presidente do Equador Lúcio Gutierrez.

São bases de forças paramilitares que atuam tanto no interior da Colômbia (ligadas ao narcotráfico), como na região de fronteira com a Venezuela. Têm o apoio dos chamados conselheiros militares dos EUA em Bogotá.

As ações contra o governo de Cuba são sistemáticas e tendem a aumentar. Bush, na avaliação de alguns analistas, espera um momento propício para o bote. Se não acontecer tenta fazer como fez com o Iraque e o Afeganistão. Ataca, ocupa e instala governos títeres, à revelia do mundo, da ONU, do que quer que seja. Tem mandato divino, das companhias de petróleo e da indústria de armas.

O líder do IV Reich tenta neutralizar governos como o do Brasil e nessa medida vê na amizade de Lula com Fidel Castro um obstáculo. A reação do seu governo à proposta brasileira de incluir Cuba nos debates do grupo de Rio, no futuro, veio pela voz e pelas notas de governos títeres presentes à reunião.

México, Equador, Guatemala e outros.

Já em relação a Chávez é diferente. Há mais que amizade. São estreitos os laços do governo bolivariano com a revolução cubana. Danilo Anderson, o fiscal assassinado, investigava, dentre outras coisas, ações golpistas e terroristas de grupos venezuelanos quando da tentativa fracassada de golpe, em abril de 2002.

Um dos líderes do golpe aparece no documentário «A revolução não será televisionada» vociferando à porta da embaixada de Cuba e em seqüência um grupo terrorista corta os fios que conduzem a energia para o prédio.

Flagrante atentado ao direito internacional, violência típica de elites latino-americanas.

A eventual reeleição de Chávez preocupa o governo dos EUA. Ao contrário da de Lula, um leão desdentado e deslumbrado com as delícias do poder capitalista. Um novo mandato bolivariano significaria que Chávez governaria com respaldo popular por mais sete anos, tempo em que estariam sendo consolidados os avanços da revolução.

O manifesto terrorista é só um documento a mais na guerra que os norte-americanos desfecham contra seus adversários. Destina-se aos meios de comunicação. Reforçam o papel que exercem. O de mentir, criar fatos inexistentes e condições favoráveis a ações terroristas e golpistas. Como fez a jornalista brasileira Miriam Leitão, à época do golpe em abril de 2002.
Foi lá e disse que o povo sofria, o país estava um caos, mas o povo veio às ruas dias depois recolocar Chávez no poder e um depois, confirmá-lo no referendo.

A resistência é fundamental e Cuba e Venezuela são decisivos para o processo de luta popular na América Latina. Mais, muito mais que Lula.

O terrorismo golpista do IV Reich é diuturno e vai além de documentos como esse assinado por notórios fascistas. Cuba tem sido alvo de freqüentes ações terroristas e a Venezuela é hoje o objetivo maior das forças ocupação da Colômbia. São países vizinhos, têm fronteiras comuns.

O que se vê e o que não se vê é só o começo de uma nova operação «choque e pavor» contra povos que insistem em resistir ao império da boçalidade.