Recomiendo:
0

O mundo de Bush mais seguro

Fuentes: Rebelión

Há insânia pura na ação de Bush, em qualquer atitude que tome ou que tomou, desde o momento em que abriu os olhos. Não é como pretendem alguns fatalistas uma criatura malévola, ou enviado do demônio. Essas bobagens só fazem dividir o mundo entre bons e maus, bem ao feitio dos tiranos. Bush é um […]

Há insânia pura na ação de Bush, em qualquer atitude que tome ou que tomou, desde o momento em que abriu os olhos. Não é como pretendem alguns fatalistas uma criatura malévola, ou enviado do demônio. Essas bobagens só fazem dividir o mundo entre bons e maus, bem ao feitio dos tiranos.

Bush é um tirano e a insânia que falo é uma patologia que extrapola o campo médico. É a luta de classes real e única que separa exploradores de explorados, qualquer que seja a sua forma.

O mundo mais seguro. Que mundo?

O das companhias de petróleo do Texas? Ou do protetorado norte-americano na Europa, a Grã Bretanha? O da indústria de armas? Dos homens que mexem as cordinhas nas bolsas de valores e deitam um rastro de papéis montando fortunas, a fome especulativa de banqueiros e afins?

Bush representa esses. É preciso um bufão para determinados papéis. Alguém que se preste ou que se acredite iluminado, detentor de mandato divino, para dar conseqüência a esse mundo.

Soma a esperteza de aceitar seus limites, decora os papéis que se lhe cabem e constrói o mundo como se espetáculo fosse, através do fantástico poder dos meios de comunicação. Mais propriamente, meio de dominação.

Uma das conseqüências do 11 de setembro foi o aparecimento de canais de tevê voltados para a notícia e a comentário engajado. É o caso do canal Foxnews.

Transforma o choque popular decorrente da destruição do World Trade Center em choque para abobalhar e aprisionar as pessoas numa espécie de redoma de um terror sofisticado e que muitas vezes é exercido sem bombas.

O ano de 2004 se encerra com o mundo inseguro e sem perspectivas para os povos colonizados e explorados que não a luta. De todas as formas possíveis e necessárias.

Nesse combate não há meio termo. É um momento agudo, é de sobrevivência.

Bush é o bobo da corte que foi colocado no trono. Mas que sabe disso e é necessário que saiba, do contrário não serviria, como serve, aos donos.

É uma das características da sociedade capitalista. A presença maciça de idiotas nas funções chaves do contrário como funcionaria? Idiotas que se saibam assim e se prestem, por idiotia e esperteza, a tudo.

Não há segurança num mundo em que milhares de iraquianos são assassinados num processo brutal de ocupação de um país por forças terroristas.

E tampouco na Palestina, onde inocentes são mortos diariamente noutra insânia, sempre a dos negócios, sempre misturados à palavra divina, na grande mistificação que Darcy Ribeiro definiu como a do mais inteligente, do mais esperto e do mais estúpido.

O problema se torna tanto mais grave quando o mais estúpido, ao qual caberia apenas a borduna, uma parte nos lucros e o dever de obedecer ao inteligente e ao esperto, começa a se achar capaz de inverter essa ordem.

Bush é o exemplo pronto e acabado dessa inversão. Sharon é a mostra absoluta do que há de mais boçal e violento na insânia terrorista/capitalista.

O IV Reich é uma realidade e é contra ele que a luta tem que ser travada. Esteja em Washington, seja na colônia governada por Blair, ou na de Uribe. Em todos os cantos.

O único mundo seguro é o deles.