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O reich de Sharon

Fuentes: Rebelión

Sharon não falou para os judeus franceses correrem para Israel só por conta de um ato anti-semita. Conclamou seu povo eleito a ir ajudar no processo de ocupação de terras palestinas, que entende, por decisão divina, serem de Israel. E decisão divina só para efeito externo. Na verdade, grossos interesses econômicos e financeiros, que ligam […]

Sharon não falou para os judeus franceses correrem para Israel só por conta de um ato anti-semita. Conclamou seu povo eleito a ir ajudar no processo de ocupação de terras palestinas, que entende, por decisão divina, serem de Israel.

E decisão divina só para efeito externo. Na verdade, grossos interesses econômicos e financeiros, que ligam o Estado terrorista de Israel, ao Estado terrorista norte-americano.

O pedido de desculpas ao governo e povo franceses não veio do líder nazista, mas do Ministério das Relações Exteriores, numa tentativa de evitar mais pontos negativos, sobretudo na França, contra a política genocida do governo de Israel. Chirac, há alguns anos, chegou a propor um plano de paz para Israel e Palestina, rechaçado por Sharon.

Sharon é como se fosse um pequeno fuhrer. Poderoso, montado em formidável arsenal, inclusive com armas nucleares, químicas e biológicas e à margem do resto do mundo. Tem a proteção do sócio, no caso George Bush, de forma escancarada e vergonhosa. Nos governos democratas essa proteção fica um pouco disfarçada, atenuada de público, mas permanecem intocados e intocáveis os crimes perpetrados pelo Estado de Israel.

É curioso assistir a Bush falando da importância de Arafat controlar o suposto terror palestino, dar mais poderes ao primeiro-ministro, enquanto, na ONU, trabalha acintosamente para evitar uma nova condenação a Israel. Falo do muro que amplia, na prática esse é um dos objetivos principais, o domínio brutal e bárbaro do nazismo israelense sobre terras e povo palestinos.

O muro é de tal forma uma violência e choca o mundo, que nem mesmo a mídia dócil e vergonhosa dos países ocidentais consegue defendê-lo, ou escondê-lo das pessoas. E muito menos a repugnância que causa.

Hitler conclamou os germânicos de todo o mundo à luta pela causa do III Reich. Queria-os em território alemão, ou «libertado» por suas hordas. Sharon não fez diferente. Ou não faz.

Ariel Sharon faz parte de um grupo de líderes de extrema-direita, corruptos, que transformam a religião e a democracia nos pressupostos de um mundo livre, desde que, liberdade e democracia, não afetem os negócios e possam servir para justificar crimes hediondos contra a humanidade.

Não há diferença entre ele e Bush. As prisões iraquianas estavam cheias de agentes israelenses, especialistas em tortura, em «interrogatórios», como à época das ditaduras militares na América do Sul.

O Estado de Israel é apenas o braço do império norte-americano, mesmo quando, aparentemente, Sharon foge do controle e tem ataques histéricos que transforma em atos de barbárie contra palestinos, na política de controle do Oriente Próximo e, óbvio, do petróleo e da própria água existente na região.

São apenas negócios. O preconceito contra palestinos e árabes de um modo geral decorre disso. O disfarce de terra prometida, de mandato divino, historicamente, tem servido a tiranos como Sharon.

A tentativa de transformar uma das culturas mais ricas da história da humanidade, a árabe, em sinônimo de atraso, de terror, serve apenas às lucrativas operações das empresas da família Bush, do vice-presidente Dick Chaney e de operadores que transformam instintos em políticas, como no caso de Condolezza Rice, assessora de Bush e que, antes de exercer esse cargo, era consultora de várias empresas petrolíferas. Seria, aliás, interessante saber como a assessora especial consegue captar esses instintos.

Sharon consegue um reich próprio. É como aquele pistoleiro fora de controle mas útil à quadrilha.

O discurso cheio de falsa indignação contra um ato que sequer existiu, farsa, chamando judeus franceses a Israel, nem leva esses em consideração. Quer soldados, buchas para uma luta que não é de nenhum povo livre do mundo. É só de líderes nazi-fascistas, mas de olho no petróleo.

E tanto é lá, como aqui, na Venezuela. Ou na Região de Foz do Iguaçu, onde está um dos maiores aqüíferos do mundo, o Guarani. As denúncias sobre a presença de terroristas nessa Região deveriam levar o governo do Brasil, ou o do Paraguai (aí já é querer demais), ou o da Argentina, a verificar a presença de agentes norte-americanos e do Mossad.

Os terroristas podem ser eles.