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Os crimes da nestlé em são lourenço

Fuentes: Rebelión

São Lourenço é uma bela e aprazível estância hidromineral localizada no Estado de Minas Gerais. O parque das águas na cidade é o principal fator de atração turística e é do turismo que São Lourenço viveu grande parte de sua história. Desde a privatização das águas e a chegada da multinacional Nestlé, de origem Suíça, […]

São Lourenço é uma bela e aprazível estância hidromineral localizada no Estado de Minas Gerais. O parque das águas na cidade é o principal fator de atração turística e é do turismo que São Lourenço viveu grande parte de sua história.

Desde a privatização das águas e a chegada da multinacional Nestlé, de origem Suíça, isso mudou.

Como toda grande empresa a Nestlé não tem a menor preocupação com coisa alguma que não seja lucro e para obter esse lucro faz e prática toda a sorte de fraudes trapaças, etc, contando com a conivência de governos, setores do serviço público, meios de comunicação (os chamados grandes) e hoje de uma praga que se espalha pelo mundo, contaminando o que era para ser ação contestatória de luta, restrita a poucas, falo de ONGs.

É incrível o número de ONGs subvencionadas ou mesmo criadas por grandes corporações, todas voltadas para o meio ambiente e que se dispõem a trocar o silêncio diante dos crimes ambientais por praças bem cuidadas.

No caso específico de São Lourenço, a Nestlé, detentora dos direitos de exploração das águas minerais, supostamente dentro de regras definidas em lei, contratos, etc, faz o que bem entende e quando a coisa aperta lá estão Aécio Neves, como estiveram outros, para garantir os «direitos criminosos» da empresa, ou vozes do governo Lula para mandar um vereador que denuncia os crimes «calar a boca».

A Nestlé produz a água mineral Pure Life, obtida através de um tipo de água, a ferruginosa. Desmineraliza a água, alterando os poços, os lençóis, atingindo e contaminando todo o aqüífero da região e a ela acrescenta seus minerais, tornando-o comercializável e se lhe atribuindo poderes que não tem.

A água ferruginosa era usada por médicos da cidade e de outras estâncias como São Lourenço para o tratamento da anemia em crianças de famílias pobres, com resultados surpreendentes.

Não pode mais, está se transformando em água comum, artificial, podre por obra e graça de Nestlé e da cumplicidade dos governos federal e estadual.

A ação é objeto de luta de vários setores de São Lourenço. Denúncias, protestos, provas incontestáveis do crime ambiental, mas nada. Aécio Neves e Lula são cúmplices ou por omissão, ao aceitarem as regras da multinacional, ou por ação direta, no caso do governo de Minas. Ao perceber que faltava uma determinada licença e que essa falta poderia trazer problemas à multinacional, Aécio mandou que se concedesse.

É bem o seu feitio. Olha para um lado e atira para outro. Não tem um pingo e compromisso com coisa alguma que não sejam seus interesses, até porque, embora seja mineiro, veio morar em Minas depois de eleito governador.

Representa interesses de grupos como a Nestlé.

Um dos brasileiros atuantes no movimento de defesa das águas de São Lourenço, Franklin Frederick, após anos de tentativas frustradas junto ao governo e imprensa para combater o problema, conseguiu apoio, na Suiça, para interpelar a empresa criminosa. A Igreja Reformista, a Igreja Católica, Grupos Socialistas e a ONG verde ATTAC uniram esforços contra a Nestlé, que já havia tentado a mesma prática na Suíça.

A desmineralização de águas é proibida pela Constituição do Brasil e praticada luz do dia pela Nestlé. Outras organizações criminosas como a Coca Cola já estão comprando grandes áreas com reserva de água. Querem ampliar nos negócios no propósito de tratar o Brasil como entreposto do grande capital estrangeiro.

Contam com os governos.

No caso específico do Brasil, a Nestlé treina agentes do programa FOME ZERO, gera recursos para o programa, apóia o programa com publicidade farta e com isso compra o silêncio do governo Lula.

No caso de Aécio é diferente. O governador é empregado desse tipo de empresa, uma espécie de gerente desses grupos no governo estadual e cumpre apenas o que se lhe é determinado. Não é nada além disso. Um gerente da quadrilha.

Já São Lourenço, as águas, o povo de São Lourenço, os mineiros e brasileiros de um modo geral, são embasbacados pela Globo, pelo Sílvio Santos, que ressaltam as excelências dos produtos Nestlé, tudo regado a muito dinheiro e em nome da farsa democrática, da conversa fiada do investimento estrangeiro, da ilusão do desenvolvimento sustentável.

O crime no Brasil é um grande negócio e as grandes quadrilhas, as verdadeiras quadrilhas (Beira-mar é pinto perto da Nestlé, da Coca Cola) já descobriram isso e descobriram mais: podem contar com os governos, é só regar um pouquinho que floresce o caminho.