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Veja, a seguir, informações sobre os "grandes produtores" do Brasil que nem sempre são lembradas pela imprensa

Os símbolos da «modenidade» do agronegócio no Brasil

Fuentes:

1. Família Mutran, da região de Marabá-Pará A família Mutran é a maior exportadora de castanha-do-pará do país. Os Mutran são donos de diversas fazendas, de origem duvidosa, na região sul do Pará. Acabam de ser multados em R$ 1.350.440 pelo Ministério do Trabalho pela comprovação e reincidência de trabalho escravo em suas fazendas. Em […]

1. Família Mutran, da região de Marabá-Pará

A família Mutran é a maior exportadora de castanha-do-pará do país. Os Mutran são donos de diversas fazendas, de origem duvidosa, na região sul do Pará. Acabam de ser multados em R$ 1.350.440 pelo Ministério do Trabalho pela comprovação e reincidência de trabalho escravo em suas fazendas.

Em 1992, o chefe da família e então deputado estadual Osvaldo dos Reis Mutran, o Vavá Mutran, assassinou a sangue frio um fiscal de ICMS, porque havia detido um de seus caminhões carregado de gado, sem nota fiscal. Mutran foi condenado a 10 anos de reclusão por matar o fiscal. Ele
cumpriu parte da pena e foi solto pela Justiça. Em 2002, foi preso em flagrante, acusado de matar um menino de 8 anos com um tiro na cabeça.

Fontes: Agência Folha, 2 de agosto de 2004.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u62910.shtml
Folha de S.Paulo, 6 de dezembro de 2002.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0612200217.htm

2. O Maior produtor brasileiro de Feijão – Minas Gerais.

O fazendeiro Norberto Mânica é dono de diversas fazendas na região de Unaí, Minas Gerais. Em uma de suas fazendas os fiscais do Ministério do Trabalho haviam encontrado trabalho escravo. Ele foi notificado, mas não deu bola. Quando os fiscais iriam fazer a segunda vistoria e lavrar o auto de
infração, em janeiro deste ano, ele encontrou uma solução «melhor».

Mandou assassinar os três fiscais e o motorista do Ministério que os acompanhava. Os fiscais Nelson José da Silva, João Batista Soares Lage e Erastótenes de Almeida Gonçalves, e seu motorista, Ailton Pereira de Oliveira, foram mortos no dia 28 de janeiro quando pararam em uma estrada para dar informações. Estão presos 4 pistoleiros que os assassinaram (Francisco Elder Pinheiro, Erinaldo de Vasconcelos Silva, Rogério Alan Rocha Rios e William Gomes de Miranda) os dois agenciadores (Hugo Alves Pimenta e José Alberto de Castro) e agora o próprio fazendeiro.

Fonte: Folha de S.Paulo, 7 de agosto de 2004
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0708200427.htm

3. Maior produtor de algodão do País-Goiás.

Wander Carlos de Souza, prefeito de Acreúna, em Goiás, pelo PMBD, é dono de diversas fazendas e se orgulha de somada a produção nas mesmas ser agora o maior produto de algodão do Brasil. O agricultor acumula 12 mil hectares de algodão e 8.000 hectares de soja em vários municípios de Goiás. No mês de maio, ele foi à exposição do agribusines em Ribeirão
Preto, lá comprou 18 colhetadeiras novinhas, com dinheiro do Moderfgrota do BNDES.

Resultado: trocou os trabalhadores pelas máquinas e em uma semana desempregou nada menos do que 2 mil trabalhadores. A maioria desses trabalhadores está agora acampada, em acampamentos do MST, na beira das estradas de Goiás.

Em 2003, as fazendas Tatuibí e Rio Fontoura, ambas em São Félix do Araguaia e pertencentes ao prefeito, foram encontrados 125 trabalhadores sem registros – 80 como escravos.

Fontes: Folha de S.Paulo, 16 de junho de 2003
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u68783.shtml
Agência Carta Maior, 22 de julho de 2003
http://www.consciencia.net/2003/08/02/picciani.html
MST

4. Um dos maiores fazendeiros de Rondônia…

O ex-senador Ernandes Amorim foi preso na ultima quinta-feira (5/8) pela Polícia Federal, em sua casa em Ariquemes (50km de P.Velho). Duzentos agentes da PF, que chegaram a Rondônia na noite do dia 4 de agosto em um avião da FAB, participaram da ação que levou outras 20 pessoas para a cadeia. O coordenador geral da chamada «Operação Mamoré», responsável pelas investigações, delegado Mauro Spósito, disse que Amorim é acusado de liderar uma quadrilha que teria lesado os cofres
públicos em cerca de R$18 milhões, através do desvio de recursos públicos, da extração ilegal de minérios, do roubo de madeira em áreas de reserva, da grilagem de terras, da fraude de documentos públicos, abertura de empresas fantasmas e sonegação de impostos estaduais e federais.

Spósito explicou que Amorim não está envolvido em todos esses
tipos de crimes, mas que as pessoas presas têm alguma interconexão, beneficiando-se de alguma forma dos crimes. No dia 3 de agosto a Justiça Federal expediu 33 mandados de busca e apreensão e 21 mandados de prisão. Na casa do ex-senador, onde foram apreendidos documentos, os policiais encontraram ainda uma escopeta calibre 12, de fabricação
estrangeira. Também foi preso um filho e um irmão de Amorim,
servidores da prefeitura e até um servidor do INSS, que fraudava certidões – ao preço de 4,5mil- para que empresas com débito junto à previdência pudessem participar de licitações públicas.

A prisão temporária de Amorim é de cinco dias, podendo ser prorrogada por mais cinco. Nesse período a PF terá de concluir a investigação e apresentar as provas das acusações, com base no material apreendido. Amorim é considerado um dos maiores fazendeiros da Rondônia.

Fonte: O Estado de S.Paulo 7.08.04
Folha de S.Paulo, 6 de agosto de 2004
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0608200421.htm
O Painel – [email protected]

5. Presidente da Farsul no Rio grande do sul.

O senhor Carlos Speroto, presidente da Farsul, entidade dos fazendeiros do Rio Grande do Sul, conhecido defensor do modernismo dos transgênicos e da Monsanto, em anos recentes respondeu processo por homicídio em 1989, pelo assassinato a tiros seu vizinho, também proprietário de terras, por litígio de cerca.

Agora, está respondendo processo no TCU, porque sua federação
desviou recursos do SENAR (serviço de aprendizagem rural) que se destinam apenas a formação de mão-de-obra no meio rural, para reformas na sede da federação. O desvio ascende a vários milhões de reais.

Conforme acórdão 134/2000, do Tribunal de Contas da União (TCU), os dirigentes do Senar / RS – entidade ligada a Farsul, terão que devolver ao Tesouro Nacional, acrescido de juros e multa, os valores correspondentes ao uso indevido de recursos dessa entidade. Na decisão do TCU, ficou comprovado que os Senhores Fernando Craidy (Ex-presidente do Conselho
Deliberativo do Senar /RS) e Carlos Rivaci Sperotto não conseguiram justificar uma série de irregularidades.

Fonte: deputado Bohn Gass
http://www.deputadobohngass.com.br/pt/noticias/News_Item.2004-07-15.2917
Processo número 2.716-84. Inquérito policial 123-80. Comarca de Santo Augusto, Vara Única

6. A Maior exportadora mundial de celulose- Aracruz- Espírito Santo.

A Aracruz concentrou no norte do Espírito Santo mais de 60 mil hectares, comprando a rica região de Mata Atlântica, de pequenos e médios produtores, para instalar uma floresta homogênea de eucalipto, que agora os cientistas chamam de deserto verde, pois não se reproduz mais nenhum tipo de vida, alem do eucalipto.

Mas, alem dos 60 mil hectares acumulados, a empresa roubou nada menos do que dez mil hectares da ultima reserva dos Guaranis, que vivem na miséria confinados num pequeno espaço. Em anos recentes os Guaranis reocuparam sua área, embora esteja cheia de eucalipto, e a Justiça federal
determinou então que a empresa pagasse uma indenização anual para a tribo, pelo uso ilegal de suas terras. Mas as terras ainda não foram devolvidas.

No dia 2 de abril de 1998 os índios assinaram acordo denominado «Termo de Ajustamento de Conduta», com validade de 20anos. No Termo, assinado também pelo presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), por representantes da Aracruz Celulose e por representantes do Ministério Público Federal (que tem por dever constitucional a defesa dos direitos e
interesses indígenas), os índios «consentem», em trocar os limites de suas terras tradicionalmente ocupadas por soma em dinheiro e projetos assistenciais a serem fornecidos pela Aracruz Celulose.A Aracruz é uma empresa composta de capital do BNDES, da Souza Cruz e de grupos de celulose da Inglaterra. O controle acionário da Aracruz é exercido pelos
grupos Safra, Lorentzen e Votorantim (28% do capital votante cada) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES (12,5%). As ações preferenciais da empresa, perfazendo 56% do total do capital, são negociadas nas Bolsas de Valores de São Paulo, Nova York e Madri.Suas operações florestais alcançam os Estados do Espírito Santo, Bahia,
Minas Gerais e Rio Grande do Sul, com aproximadamente 247 mil
hectares de plantios de eucalipto.

Fonte: CIMI – http://ospiti.peacelink.it/zumbi/na_luta/cimi-es7.html

7. Usina Santa Cruz, de Campos (RJ), tem trabalho escravo

Em uma operação conjunta com o Ministério Público e a Polícia Federal, o Ministério do Trabalho comprovou a prática de trabalho escravo na usina Santa Cruz. O procurador do Trabalho Wilson Prudente disse que a operação foi desencadeada a partir de denuncia feita por um dos empregados que conseguiu escapar e chegar à Delegacia de Trabalho de
Campos. A partir da comprovação da pratica de trabalho escravo, o Ministério do Trabalho deu entrada com uma ação civil pública com pedido de indenização por danos morais coletivo no valor de cinco milhões de reais, contra o Grupo José Pessoa. A justiça já obteve, inclusive, a liminar que
coloca indisponíveis os bens da empresa.

Fontes: Folha de S.Paulo
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u52296.shtml
Diário Vermelho
http://www.vermelho.org.br/diario/2004/0723/0723_petrobras-escravo…asp