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Soberania já

Fuentes: Rebelión

O dia em que Lula foi dado como vencedor e o dia de sua posse, foram dois momentos de tamanha emoção que só um povo sofrido é capaz de realizar. Em Lula foi depositada todas as esperanças, as alegrias, mas também todas as dores, raivas, tantos gritos calados.   E hoje, o sentimento que eu […]

O dia em que Lula foi dado como vencedor e o dia de sua posse, foram dois momentos de tamanha emoção que só um povo sofrido é capaz de realizar. Em Lula foi depositada todas as esperanças, as alegrias, mas também todas as dores, raivas, tantos gritos calados.
 
E hoje, o sentimento que eu tenho, é que ficou um certo desencanto, um quê de desapontamento, porque  parece que o nosso «companheiro» capitulou, ou no popular «abriu as pernas pro inimigo».
Radicalizou com históricos companheiros na hora de punir com a expulsão e abrandou com os também históricos inimigos. Não creio que na conjuntura atual se admita um PT tão radical, o momento político é outro, a forma de luta também, mas daí esquecer o PT da «nossa voz e nossa vez» e sentar e comer com os poderosos fazendo o jogo dos antecessores, no mínimo, além de muito cinismo é ser muito Filho da Puta.
 
Não tenho coragem para assistir um telejornal ou ler jornais, porque a impressão que tenho é «que tudo continua como dantes no quartel de abrantes».
 
Algumas medidas são tomadas para tapear o povo, e a soberania da nação continua sendo artigo de barganha junto aos lobbies (ALCA, Transgênicos e cia)  a «nossa voz e nossa vez» é só uma palavra de «ordem» que talvez tenha ficado na cabeça de nossos companheiros, que por tentarem manter a essência do partido foram expulsos (Ditadura?!), continuamos sendo «Geni», levamos o PT ao poder e voltamos à nossa insignificância?! Sem direito de decidir o que é melhor pro nosso país. Será que a gente tem que criar um outro partido, começar tudo de novo?! Ou será que a gente tem que resgatar o PT da nossa voz e nossa vez?

Marta, Raul, Geraldo… Perdemos, e aí? Será que Lula continua?
 
Será que não está na hora de fazer efetivamente alguma coisa para obter o respaldo do povo? Acabar com os estrelismos de alguns companheiros, deixar um pouco de lado essa necessidade de se fazer respeitar por outras nações e nos respeitar primeiro? Suprir o nosso país com educação, comida e trabalho. Então estaremos prontos e fortalecidos para nos colocar em pé de igualdade com outras nações e aí sim, vamos exigir respeito.
 
Sugiro aos compaheiros petistas que estão abraçados ao poder, que esqueçam um pouco Marx, Engels, Lenin e passem a se nutrir do grande José Martí, aí sim, eles estarão prestando um grande serviço à nação e resgatando a dignidade do povo. Foi pra isso que construímos o PT.
 
Josenice Fonseca Almeida, ainda companheira de partido.
Itabuna, Bahia.