A primeira observação é simples. Ao ser reeleito o terrorista George Bush entendeu e entende que ganhou um cheque em branco para a construção definitiva do IV Reich. A visão que tudo o que diga respeito à vida humana, inclusive à própria vida, foi decidido pelo eleitor norte-americano. O resto não conta. Ou são governos […]
A primeira observação é simples. Ao ser reeleito o terrorista George Bush entendeu e entende que ganhou um cheque em branco para a construção definitiva do IV Reich. A visão que tudo o que diga respeito à vida humana, inclusive à própria vida, foi decidido pelo eleitor norte-americano.
O resto não conta. Ou são governos títeres como os da Itália, da Grã Bretanha, da Colômbia, do Iraque, do Afeganistão e outros tantos, ou são «eixo do mal».
Forças terroristas que ocupam o Iraque iniciaram um ataque em massa contra Faluja sob o argumento que ali estão entrincheirados os resistentes ao processo de reconstrução democrática do país.
Civis mortos por bombardeios indiscriminados. O aval foi dado por cidadãos dos EUA.
Uma das análises feitas sobre a reeleição de Bush diz que o presidente/terrorista venceu no «velho Oeste» e perdeu no Leste. Nem é tanto a questão geográfica, mas a concepção de mundo. O Texas e o que gira ao redor do Texas.
Texanos são fanfarrões. John Wayne, principal produto da ideologia de dominação, em se falando de western, sempre esteve do lado dos rancheiros bonzinhos, tementes a Deus, cumpridores da lei, contra os índios, os negros, no pressuposto que a sociedade se constrói segundo esses critérios determinados por meia dúzia de pessoas.
Sam Houston quando liderou a campanha pelo que chamou «libertação» do Texas, era território mexicano, na verdade defendia os negócios. Via mexicanos como um sub-povo, sub-gente. Faltava-lhes a capacidade de entender desde o chá das cinco, ao uísque de milho ou ao hábito de mascar tabaco.
Esse conceito, essa forma de enxergar o resto do mundo não mudou. Palestinos são «desprezíveis» na concepção texana de uma ordem mundial. Bush já lamentou a «morte» de Arafat, num gesto cínico e numa gafe que revela o fato consumado do desejo transformado em realidade.
O grande problema de Bush começou no dia seguinte ao de sua reeleição. Sem ter a menor idéia de coisa alguma, só o que lhe é passado pelo ponto, como no debate.
Acreditar em cheque em branco. E não importa que analistas estejam afirmando que França e Alemanha, por exemplo, terão que reconsiderar suas posições. Eleições para medir o que pensa o resto do mundo mostram que esse resto volta as costas ao terror norte-americano.
Ao nazismo, ao regime policialesco de mão única.
Os presos de Guantánamo estão sendo julgados por comissões militares, sem direito a defesa em termos de tribunais normais e pior, presos por quê? Sem culpa formada. Adversários do deus Superman.
Incapazes de compreender o caráter «libertário e justo» da sociedade nos Estados Unidos.
Bush espargindo água benta pelo mundo em forma de bombas.
A vitória de Bush é só a vitória da insanidade. De uma sociedade de plástico que a moda das antigas oferendas de virgens, oferece nos altares do mercado a Coca Cola e o McDonalds.
Isso, enquanto rouba petróleo, assegura futuras reservas de água. Toma conta do negócio das armas. Impõe o modelo político e econômico.
Resistir é fundamental. Esse vírus que bem se pode chamar de «choque e pavor» encontra eco na direita organizada e raivosa em todos os cantos. Seja Uribe, sejam os generais paquistaneses, ou latifundiários no Brasil e em qualquer parte do mundo.
Tem o controle dos meios de comunicação de massa.
O mundo está diante de um fato consumado.
O Superman é Deus e Bush é o seu profeta.
Ou como no Farenheit original saímos para a luta e preservamos a vida como tal, ou breve o mundo terá os mesmos contornos dos filmes de ficção que tratam de um suposto pós-guerra nuclear.
O mundo do profeta Bush é o padrão Mad Max e a sede do terror é o território dos EUA e suas extensões. Tanto pode ser Israel, a Grã Bretanha, a Colômbia, ou Paquistão.
O resto é um deserto onde corpos de afegãos, iraquianos, colombianos, palestinos se decompõem na barbárie da «justiça infinita». A África em franco processo de desumanização.
No conceito dele, Bush e aí o terror, não existe vida fora do que ensina o Superman/mercado.