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Terror vai tentar fraudar resultados do referendo

Fuentes: Rebelión

Os primeiros levantamentos feitos por institutos de pesquisas sobre o referendo na Venezuela mostram que o presidente Hugo Chávez deve vencer com 51% dos votos. A vantagem sobre a oposição de extrema-direita é grande, em torno de 15% e as possibilidades de reviravolta são mínimas. A grande preocupação agora é com as tentativas de fraude […]

Os primeiros levantamentos feitos por institutos de pesquisas sobre o referendo na Venezuela mostram que o presidente Hugo Chávez deve vencer com 51% dos votos. A vantagem sobre a oposição de extrema-direita é grande, em torno de 15% e as possibilidades de reviravolta são mínimas. A grande preocupação agora é com as tentativas de fraude Tanto se aplicam ao processo de votação, como a ações terroristas visando criar uma situação de conflito que sirva de pretexto para uma intervenção norte-americana, com respaldo da OEA (controlada pela organização terrorista Casa Branca).

As pesquisas encomendadas pela oposição de direita mostram vitória de Chávez também, e isso levou os principais líderes do esquema golpista a várias reuniões na tentativa de encontrar saídas para a perspectiva de falha no golpe intentado via referendo. O magnata das comunicações, Cisneros, principal agente terrorista/mafioso na Venezuela, parece estar assumindo para si a tarefa de criar situações que sirvam aos propósitos do governo de Bush.

A vitória de Chávez não é aceita pelo presidente dos EUA. Pode significar mais um ponto negativo em sua campanha para a reeleição, num momento em que o democrata John Kerry parece estar deslanchando sua campanha, como contraria interesses das empresas que representa no governo, inclusive a de sua própria família.

Os golpistas não contavam com o forte apelo popular do governo, resultado de políticas conseqüentes que começam a ensejar condições de saúde correta para todos os cidadãos, acesso à escola, além de leis que garantem a soberania do país, constantemente ameaçado.

A condição de um dos maiores produtores de petróleo do mundo, com reservas significativas confere à Venezuela e ao governo Chávez, que rejeitou a privatização do setor, uma importância enorme.

Uma das atitudes de Chávez, que Bush não tolera e afirma isso publicamente, é o rompimento do bloqueio econômico imposto a Cuba. Chávez está exportando petróleo para a ilha e em condições favoráveis ao governo do presidente Fidel Castro.

Os norte-americanos e as elites venezuelanas, além de alguns sindicatos de categorias privilegiadas no processo político, econômico e social daquele país, contavam com apoio popular, como conseqüência da forte campanha contra Chávez, a partir dos veículos de comunicação, os principais e mais poderosos sob controle de Cisneros. Está ocorrendo o contrário.

Os próximos dias serão decisivos. Há indícios de ações golpistas e tentativas de fraude, como, principalmente, à medida que vão se confirmando as estimativas favoráveis à revolução bolivariana, de ações organizadas e voltadas para desestabilizar o processo político na Venezuela.

A vitória no referendo não garante a Chávez, apesar do aspecto legal, segurança até o final do mandato. As tentativas de golpe serão constantes, pois a constituição prevê a possibilidade de reeleição para o presidente. A vitória no referendo, os bons resultados das políticas levadas à efeito pelo governo, um processo de mudanças políticas, econômicas e sociais e a perda de poder das elites, a soma de tudo isso, traz um resultado de permanente enfrentamento para o governo Chávez.