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Um leão por dia a tarefa de Kerry

Fuentes: Rebelión

Os principais analistas de política nos Estados Unidos afirmam que John Kerry venceu o primeiro debate com o presidente George Bush. Não significa que vá vencer as eleições. Dois outros debates estão previstos e terá que vencer a ambos. Isso quer dizer que até dois de novembro, dia da eleição, tem que matar um leão […]

Os principais analistas de política nos Estados Unidos afirmam que John Kerry venceu o primeiro debate com o presidente George Bush. Não significa que vá vencer as eleições. Dois outros debates estão previstos e terá que vencer a ambos.

Isso quer dizer que até dois de novembro, dia da eleição, tem que matar um leão por dia se quiser o troféu. Os assessores do candidato democrata dizem que Kerry é o típico político de chegada. Cresce e ganha no fim. Pode ser. Júlio César Chávez, um dos mais notáveis pugilistas da história do box, quando veterano, sem mobilidade e jogo de pernas, costumava lutar nos últimos rounds. Uma de suas lutas, perdia por pontos, ganhou com sorte e sua fantástica técnica faltando um minuto para o final, no décimo segundo assalto.

Não vai depender só disso. As eleições nos EUA têm características de jogo de cartas marcadas. Bush é sinônimo de fraude, de terrorismo, de mentira e uma série de denúncias, inclusive da Fundação Carter, falam em fraudes em dois dos maiores estados do país, a Califórnia e a Flórida, com peso significativo no Colégio Eleitoral.

Segundos de Bush admitem que o presidente estava nervoso e não conseguiu superar sua irritação com algumas das afirmações de Kerry. É típico. Os líderes nazistas não gostam de ser contraditados. Têm consigo a verdade absoluta. Como tucano no Brasil.

E ademais, num debate não há como Condolezza Rice interpretar os instintos do presidente e transformá-los em política. Chocaria a opinião pública.

Imagino que além das aparições no melhor estilo guerreiro serão feitas até o segundo debate, falo de Bush. A maior parte do tempo, no entanto, será gasta para treiná-lo. Fazê-lo decorar o papel.

Kerry tem os debates e em cima deles tentar provocar fatos políticos que revertam a vantagem do líder terrorista republicano.

Em nenhum momento John Kerry disse que terminaria com a guerra imoral no Iraque. Pelo contrário. Reiteradas vezes declarou que faria a guerra de maneira correta para implantar uma democracia naquele país. Foi mais além: falou em convocar muçulmanos e conversar buscando estabelecer modos de convivência pacífica. É o estilo democrata. Com vaselina.

O comando da candidatura de Kerry teria localizado vulnerabilidades na Flórida. Um elevado índice de descontentamento com o governador Jeb Bush, irmão do presidente. Jeb foi o responsável pela fraude que elegeu George. Isso não vai adiantar coisa alguma se as urnas eletrônicas não foram auditadas e mecanismos de controle que permitam transparência não vierem a ser impostos no dia das eleições.

Técnicos norte-americanos, tal e e qual brasileiros, já viraram pelo avesso as tais urnas, invenção de Nelson Jobim, ministro brasileiro da suprema corte tupiniquim e chegaram à conclusão que sai o resultado que o poder desejar.

Como nos Estados Unidos as eleições são organizadas por comissões e supervisionadas pelos secretários estaduais de Justiça, tudo indica que Bush dificilmente deixa de ganhar os votos da Flórida. Mesmo que perca. Os resultados serão os desejados pelos republicanos.

Há indícios que denúncias de corrupção contra figuras chaves do governo e o próprio presidente começam a ganhar força em setores da mídia, principalmente a impressa. Isso pode levar o governo a situações difíceis, a de ter que explicar fatos inexplicáveis e, mesmo se reeleito, pode complicar o segundo mandato do partido nacional socialista.

A reação de Bush foi típica de um candidato temeroso de perder. Reduziu impostos beneficiando a 94 milhões de norte-americanos. Deve ter aprendido isso com políticos latinos. São peritos nesse negócio de ganhar eleição a qualquer preço, valendo-se de qualquer meio. Depois de ganha cobram o dobro.

Bush continua o favorito. O tempo é curto e uma vitória democrata terá que passar por duas outras vitórias: os dois próximos debates. E uma guerra complicada: a de impedir a fraude na república dos efeitos especiais.

Os Estados Unidos, a cada dia que passa, se transformam numa república de bananas, no melhor estilo caudilhos, políticos corruptos, generais, etc. A diferença é que as bananas deles são atômicas.

O número de mortos no Iraque e na Palestina nesses dias que antecedem as eleições é impressionante. Isso conta a favor de Bush. O cidadão comum naquele país acredita que fora dos EUA e um ou outro país europeu, não existem seres humanos, mas cães raivosos que ameaçam a «justiça infinita», ou a «liberdade duradoura». Por isso reagem com o «choque e pavor», ou os «dias de penitência».

A designação de um cubano naturalizado para a embaixada norte-americana na Argentina mostra para onde se voltarão as garras terroristas do IV Reich num eventual segundo mandato de Bush.

Um leão por dia. É o desafio de John Kerry.