Recomiendo:
0

Xuxa na bolsa, ou «navegar é preciso…»

Fuentes: Rebelión

Dinalva Conceição Teixeira: «eu vou morrer agora?» «Vai agora, você vai ter que ir». …»Então quero morrer de frente» Dina participou da guerrilha do Araguaia e foi executada por um sargento de codinome Ivan, anos depois assassinado por assaltantes. A história está contada pela revista semanal «Isto É» e joga mais lenha na fogueira dos […]

Dinalva Conceição Teixeira: «eu vou morrer agora?»

«Vai agora, você vai ter que ir».

…»Então quero morrer de frente»

Dina participou da guerrilha do Araguaia e foi executada por um sargento de codinome Ivan, anos depois assassinado por assaltantes. A história está contada pela revista semanal «Isto É» e joga mais lenha na fogueira dos documentos secretos da ditadura militar. A revista revela ainda que a filha do executor tinha um pôster de Che Guevara pregado na parede de seu quarto.

A apresentadora Xuxa apareceu na Bolsa de Valores de São Paulo e segundo noticiário da imprensa parou o pregão. Deu autógrafos, distribuiu gestos de carinho e oficializou a campanha de uma fábrica de calçados e seu novo lançamento.

Yasser Arafat quando entrou para a OLP, foi um dos seus fundadores, tinha uma fortuna avaliada em 12 milhões de dólares. É engenheiro e, como bin Laden tem origem em família de posses.

Ivan, o executor de Dina, terá sido um pobre coitado que, à semelhança dos que torturaram Wladimir Herzog, poderia ter dito como aqueles: «estamos aqui cumprindo ordens, se amanhã vocês ganharem faremos o mesmo por vocês».

O ser humano transformado em objeto, em coisa, em rês.

Xuxa chegou a importar o ator Jean Claude Van Damme quando anunciou o desejo de ter um filho. Procurava um reprodutor de boa qualidade. Terminou encontrando por aqui mesmo, Luciano Szafir.

A GLOBO monitorou passo a passo a gravidez, o nascimento de sua filha, transmitiu o parto em rede nacional.

Ariel Sharon, um dos algozes de Arafat, é só um sargento nazista, açougueiro no clássico estilo dos agentes da GESTAPO. Carrega consigo essa característica desde que permitiu às milícias cristãs libanesas, de extrema-direita, que tivessem acesso aos campos palestinos de Sabra e Chatila e matassem milhares de refugiados.

Mulheres estupradas, degoladas, crianças, animais, nada diferente do que continua a fazer.

O jornalista Flávio Tavares, uma legenda na história das comunicações no Brasil, em entrevista que concedeu a um programa de televisão respondendo sobre a maior figura que conhecera, não vacilou: «Guevara! Pelo despreendimento».

Domingo milhões de brasileiros vão às urnas escolher novos prefeitos para cidades com mais de cem mil habitantes onde o segundo turno se tornou necessário. Dentre elas várias capitais, duas delas de alta importância: São Paulo, a maior cidade do País e Porto Alegre, há dezesseis anos sob governo petista.

O noticiário do fim de dia mostra que, no caso de São Paulo, um congestionamento de mais de cem quilômetros atrapalha as viagens de quem busca praias, hotéis fazendas, coisas do gênero. Um número expressivo de paulistanos está deixando a metrópole, optou por justificar o voto.

Jô Soares, um dos mais famosos apresentadores da televisão brasileira, transformou seu programa diário, em 1992, em principal instrumento da luta contra o governo corrupto/neoliberal de Collor de Mello.

Há poucos dias, já na GLOBO, convidou o juiz que condenara, pela primeira vez, latifundiários envolvidos com trabalho escravo, para contar a história na tevê. Já em São Paulo, com todas as despesas pagas pela produção do programa, o juiz foi desconvidado. A turma de cima vetara.

John Kerry vira a eleição, mas pode não ganhar. Bush, obcecado com esse negócio de «comandante em chefe», patologia nazi-fascista, pode se manter por conta da fraude. Condolezza Rice deve continuar a interpretar instintos e transformá-los em políticas. Os «nossos rapazes» exercitarão em dias futuros, como nos dias presentes, o sacrossanto dever de matar civis inocentes, tudo em nome da liberdade.

A História não se faz e nem é feita por uma só pessoa. Ou duas ou três. Há todo um processo, um fio condutor. Não é e nem pode ser determinista, fatalista.

É dialética.

Segundo o ministro José Dirceu o candidato tucano à prefeito de São Paulo, José Serra «é um mentiroso». Bobagem. Não existe tucano que não seja. O ser tucano transcendeu ao próprio partido, o PSDB. Um estado de espírito cínico e desavergonhado.

Um braço do PMDB de Righotto. Ou de Sarney. Tanto faz.

Neste momento o dilema é «ser ou não rês».

Ou você compra ações da fábrica das sandálias que a Xuxa usa, engole José Serra, José Fogaça e outros que tais, ou morre de frente.

Um canal de tevê a cabo está anunciando a verdadeira história do conde Drácula e sua família.

É mais ou menos por aí. A Bolsa de Valores bem que é a síntese de tudo isso. Uma cruz ao contrário cravada no peito de cada cidadão em cada canto do mundo, enquanto os BRADESCOs da vida lucram dois bilhões de reais num parto de nove meses, três trimestres.

Comandante em chefe parece ser a chave do negócio. Alguns estão em clínicas, outros despejam bombas.

«Guerrilheiro não tem nome, tem causa, guerrilheiro está em busca da liberdade e de um mundo melhor». Lúcia Maria de Sousa, a Sônia, guerrilheira no Araguaia, ao ser presa e ter o seu nome perguntado.

«Navegar é preciso. Viver não é preciso».

(Para Amanda, Mateus, Stael, Natália, Mariana, jovens sínteses de muitos outros que teimam em resistir)